domingo, 28 de novembro de 2010

Sentir Prazer com os Dotes Alheios (Para não ser vulgar)

Sentir Prazer com os Dotes Alheios (Para não ser vulgar)

O projeto de implantação de um concurso para eleger elementos mais bonitos e enfeitados para ocasião do Natal não é novidade além de não considerar adequado pelo motivo religioso de santificado que esta data representa para toda a população, afinal não estamos falando de Copa do Mundo e muito menos de Carnaval datas em que propriamente dito, vale tudo. É obsceno, no entanto a maneira de se ornamentar a cidade repassando os custos para a própria população e conseqüentemente a responsabilidade de êxito, adesão e manutenção. Acredito que para alguns lojistas, que já são bem organizados na cidade valha o empenho e até mesmo premiações, mas não como finalidade de fazer aquilo pela qual a prefeitura é responsável, ou seja; perpetuar uma tradição municipal Natalina. Até porque eles precisarão de estímulo diante o tanto desânimo popular em nossa cidade.

O problema de descontrole urbano e paisagístico que sofremos deste a posse do atual prefeito, ainda que seu antecessor em nada tenha contribuído para melhor a situação, também durante a sua gestão, infelizmente não podemos iluminar edifícios pixados e em mal estado de conservação, assim como as vias urbanas e lixo acumulado que aparentemente será a marca indelével desta prefeitura. Mas um concurso voltado ás ruas e às casas, ficará limitado somente onde exista servidor residente que ainda insiste em querer melhorar, ao se negar a entender que este governo encontra-se falido e sem possibilidade de continuidade. Algumas medidas como: a isenção de IPTU por determinados períodos em função de melhoramento de estabelecimentos comerciais (fachadas e cursos de hotelaria obrigatórios para os donos dos estabelecimentos e seus funcionários entre outros estímulos) e residenciais (calcamento e demais aspectos visual diretos, assim como abolir o uso indiscriminado de propaganda visual aleatória, utilizado ultimamente de maneira ostensiva), seguido de uma fiscalização séria já resolveria metade dos problemas urbanos, como se vê o dinheiro existe é só saber fazer bom uso do mesmo.

Não vou repetir minhas colocações no texto Turismo ou Visita Técnica, já enviado outrora por razões de não me tornar repetitiva, mas sem os serviços básicos não há o que comemorar. E, isto será justamente o que não estimulará a participação popular, sabemos que a máquina pública vem sendo utilizada de maneira improdutiva e com prioridades pessoais e não coletivas. Nossas prioridades hoje são hospitais e limpeza pública urbana (não só coleta de lixo, mas todo lixo espalhado nas ruas) também vale conhecer o texto Considerações sobre limpeza urbana, e dar ênfase ás Praças Orlando de Barros Pimentel e a Praça Conselheiro Macedo Soares, para evitar qualquer constrangimento, sem desculpa futura, só precisam de boa vontade e um pouco de competência.

Nas empresas corre um dito bem real: “Não perca tempo em julgar o trabalho do colega evitando assim que verifiquem que não fez o seu”. e sabemos que invariavelmente "Aquilo que deixamos de fazer será sempre muito mais importante do que tudo aquilo que já fizemos" pois até ao momento toda a justificativa para não ter nada na cidade é que o anterior não fez e perde-se tempo relembrando isto, dando importância ao mesmo, esquecendo de arregaças as mangas e trabalhar, sem olhar para o passado, de olho na necessidade do presente com projeções de sustentabilidade futura, é com este tipo de atitude que se ganham as reeleições. Esta desilusão política não fomentará apoio popular a tal projeto e causará repúdio diante do descaso com estes e nos agredirá na tentativa de ostentação com nossos custos pessoais, não façamos o trabalho deles como até então vem acontecendo ou sofrendo as conseqüências com a falta dos mesmos.

O projeto licito ainda que de cunho duvidoso, afronta todos os cidadãos e apresento aqui meu descrédito na política de gestão atual e é minha opinião que não terá sucesso essa empreitada fora a tendência pré-concebida do repasse de responsabilidade. Anexo a este os textos: TURISMO OU VISITA TÉCNICA?! e CONSIDERAÇÕES SOBRE LIMPEZA URBANA.

Atenciosamente,

Ana Paula de Carvalho (criadora do Movimento Luto por Maricá)

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