terça-feira, 16 de novembro de 2010

OS JOVENS ERAM GUERREIROS

Sempre foi importante participar de algo que transcendia os interesses individuais, antigamente os jovens faziam de tudo para defender o coletivo, muitos até antecipavam a maioridade só para lá estar. O orgulho de servir a pátria superava qualquer obstáculo, até mesmo familiares que tentavam impedir, mas não conseguiam. Os que deixavam de ir por algum motivo, seja por ser o único homem da família, ter alguma forma de problema físico acabavam por ficar e se sentiam inúteis.

Hoje nós pais estamos colaborando para um amadurecimento tardio tanto do emocional quanto nas suas aspirações, falamos que não são capazes, e que só depois de tantos caminhos tortuosos talvez consigam aos 40 anos ser o que fomos aos 20 anos e parece que nós cada vez mais retardamos estas responsabilidades.

Entendo querermos dar o que não tivemos aos nossos filhos, mas não podemos em hipótese alguma deixar de dar o que tivemos! Acredito que crianças e jovens um pouco mais obstinados são aqueles que vão parar nas televisões, ou lideram grupos infanto-juvenis de bandas entre tantas outras atividades que eventualmente surgem para preencher esta habilidade nata e destaque em funções de responsabilidade.

Será que o retardo que estimulamos nada mais é que a necessidade de perpetuar nossa juventude por um maior espaço de tempo enquanto ao mesmo tempo nossos jovens permanecem como crianças?

Sendo assim, se estes não têm maturidade para certas responsabilidades, damos direito a voto por quê? E talvez seja por isto que não lutem, não protestem, pois com certeza os tolhemos e com isso seus sonhos se é que os tem. Sempre haverá outro para ir em seu lugar! Por outro lado não vamos á luta, pois estamos assoberbados de trabalhos, estudos e demais compromissos e não permitimos aos jovens que também se manifestem, no momento que os educamos à margem destas responsabilidades.

Neste momento é que estes poucos, mas muitas vezes medíocres ou adestrados para tal exercício se colocam em lugares que poderiam estar sendo exercido por pessoas jovens e capazes para tais atividades, ou de iniciar seu empenho em questões de política inclusive. Destacando-se pela oportunidade (quando existe o Momento oportuno) e não pelo oportunismo (quando se cria a oportunidade em detrimento de outras) a exercer tais funções, inclusive pela facilidade e visibilidade advinda muitas vezes de seus pais contrapostos a outros que ignoram totalmente ou são alheios tais fatos.

Vemos que por este motivo não existe renovação, e acaba-se por criar uma modalidade de neo-nepostimos, pois em algum momento elegemos pelo forte aparato publicitário descendentes de políticos profissionais sem capacidade que permanecem nos bastidores, e o pior ainda é que na maior parte só aceitaram tais continuidades por que existem facilidades nas suas candidaturas. De outra forma os demais pais superprotegem seus pimpolhos da vil profissão que é a política, temos este estereótipo porque os políticos de forma generalizada ainda que existam exceções, se comportam de forma corrupta e imoral.

Mas também seguindo esse raciocínio jamais no futuro poderemos contar com novas gerações renovadoras da moral política, Não vou contestar que de certo, alguns realmente têm vocação para tal exercício e desde que não se corrompam podem se tornar ícones das novas gerações. É preciso entender que não se pode reeleger pessoas que ou não fizeram o trabalho de casa ou fizeram o básico, assim como não recontratamos um funcionário depois de demiti-lo. Penso que diferentemente da mentalidade de que quem se elege deve assaltar os cofres públicos fazendo negócios escusos e superfaturados levando propinas para o seu espólio de guerra é o compromisso de atender e melhorar a vida do povo a qualquer custo!

Penso que devemos olhar sem medo para a frente e o desconhecido, assim como também acredito que para se governar é necessário haver um plano de governo e não de poder, até quando seremos sistematicamente subtraídos de nossos sonhos em benefício de ladrões costumazes?

Ana Paula de Carvalho, BRasileira, e nunca desisto!

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