sábado, 18 de fevereiro de 2012

VEREADORES VOLTAM DE FÉRIAS E VÃO PARA A FOLIA

SER OU NÃO SER! E, não é Hamlet...

Após mais de sessenta dias de recesso do legislativo em Maricá, aconteceu uma sessão ás vésperas do carnaval sem que tenha sido discutido qualquer assunto de interesse público, pelo contrário discutiram apenas seus objetivos pessoais. Então mais uma vez o legislativo vira as costas para o serviço a que se destina, nem mesmo tomam conhecimento das diversas petições protocoladas durante o período de recesso e que deveriam ser apresentadas e lidas durante a plenária.

Fica evidente o total desprezo pela população. Em resumo como sempre, mais preocupados com o “EU” e deixaram as solicitações dos moradores para depois, para semana que vem, ou a próxima, depois do carnaval, quem sabe no mês seguinte, talvez no próximo ano ou simplesmente nunca!

Mais uma vez precisamos reforçar os posicionamentos de uma renovação de 100% da câmara ainda que isso pareça improvável, mas certamente não é impossível. Os supostos representantes de Maricá continuam querendo decidir as nossas vidas e a política local em botequins, blocos de rua, em caminhadas pró-candidatos do PT e sabe-se lá mais o quê!

Nestes pretensos políticos da continuidade, ainda irão aos palanques para defender empreendimentos de grande magnitude, decisão esta que não lhes cabe, ainda mais sem o “aval” dos moradores deste município. Esta e outras decisões devem tomadas baseadas na vontade popular por uma necessidade coletiva e evidente, para isso temos que instrumentalizar a população com informações claras e adequadas para que se pronuncie a favor ou contra, devidamente embasados em fatos concretos.

Falar em gerar empregos numa cidade em que não existem cursos preparatórios, de capacitação ou formadores para tal mercado, é entender que todos os empregos gerados serão para pessoas de outras cidades sem o compromisso com os locais, fazendo dos nossos moradores os subempregados de estrangeiros, sejam estes nacionais ou não. Naquela sessão especifica observava-se apenas “políticos” imporem as suas vontades pessoais sobre “Ser ou não ser” (candidato) essa era a questão!

Aparentemente nada mudará em 2013, deveremos continuar trabalhando incansavelmente para que nenhum dos vereadores em exercício hoje volte a se eleger neste município, assim como encontrem na resistência uma barreira intransponível nos seus intentos eleitoreiros pessoais, pois até agora nada fizeram pelo povo!

A conclusão a que se chega é que na Maricá, pseudo-emergente, falta vontade política coletiva para evitar que os egos pessoais sejam mais importantes do que os assuntos que façam a verdadeira diferença para a esperança e felicidade de um povo que trabalha e paga seus impostos e que em geral não são empregados para os fins a que se destinam.

Devemos reagir com justa indignação, os tribunais precisam proceder a um controle jurídico dos interesses públicos, lembrando que só estão ali porque a população votou em e os escolheu como representantes, inclusive quando nas manifestações em favor da determinação judicial de resguardo de direitos fundamentais no caso de omissão legislativa, ou inércia do Poder Público!

As finanças públicas são verdadeiros filmes de ficção, temos uma carga tributária de Primeiro Mundo, e educação, infraestrutura, assim como demais serviços públicos de Quinta Categoria. Maricá está minguando, sem planejamento, nem metas diante a uma obscena desordem de especulações de mega empreendimentos, sem a menor estrutura físico-administrativa, por sua total incompetência, amadorismo e omissão.

Maricá precisa se reencontrar com a Cidadania, ter mais dignidade, pois esta é garantida pela constituição, devemos remodelar nossos ideais e condutas, criando assim as oportunidades favoráveis de um futuro digno e possível. O descaso político não pode condenar Maricá ao retrocesso social e imoralidade administrativa.

O Poder público deveria assegurar o bem-estar das populações, assim como seu direito de ir e vir conforme rege a carta magna nacional e conservar ou melhorar as condições ecológicas locais entre tantas outras obrigações. Não oprimir, não ignorar, não desconsiderar e ouvir a voz de seus cidadãos.

Entende-se que as atitudes políticas administrativas devem considerar as condições e necessidades sociais e econômicas locais, garantindo às populações a sua subsistência caso dependa da utilização de recursos naturais existentes, ou crie meios de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos, ou ainda restaurar e recuperar o que existia antes de todas estas alterações impactantes.

Deveriam se preocupar mais em melhor ordenar, controlar e direcionar o processo de expansão urbana de acordo com suas características e potencialidades do município, do que com suas próprias vidas politicas, muitas vezes beirando o ridículo, chegando em alguns casos a comédias pastelão iguais ás produzidas pela extinta companhia de cinema Atlântida.

Uma das citações mais famosas de Ikeda - “Prezar o outro é fortalecer a si mesmo” deveria estar no âmago de todos os políticos que pretendem seguir carreiras respeitosas, se é que isso é possível. Maricá continua nas mãos de pessoas desinteressadas manipuladas por terceiros e ao mesmo tempo manipuladoras, sem ouvir a população, esquecem-se que o principio da democracia está em respeitar a minoria.

Dentro desse quadro é preciso desde já uma movimentação de toda a comunidade regional para que o Estado e a União voltem seus olhos para cá, não para fazer obras de sustentação passageira ou de cunho eleitoral, mas para a continuidade do desenvolvimento baseado naquilo que queremos para nossa cidade. Para finalizar com mais uma citação de Ediel Ribeiro - “A política e a prostituição são os únicos empregos que não exigem experiência anterior”.

Ana Paula de Carvalho, membro do movimento LUTO por Maricá

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