quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

FELIZ 2012

Acho que outras pessoas vêem desta mesma forma, o Brasil estaciona pouco antes do Natal e só começa a funcionar realmente depois do carnaval. Como este é um ano de eleições municipais, a partir de agora começará realmente a corrida pelo poder a qualquer custo. Neste sentido os inúmeros candidatos se reunirão em "grupinhos" planejando estratégias e artimanhas para iludir a todos os eleitores, com suas prosas e versos, mas que na verdade estão cegos pelo poder.

Já ouvimos conversas demais destes atores, que tão somente se aproveitam do nosso voto de confiança para se elegerem e depois esquecem que antes de tudo são moradores, cidadãos como todos os outros, com mais responsabilidade, pois naquele momento representam mais que a si próprios.

Quem nunca teve compromisso com o coletivo, não terá depois de eleito, pois é uma questão de índole, de costume, uma rotina. Neste caso falo dos novos e ainda fichas limpas, mas também daqueles que tiveram a oportunidade de fazer algo com seus mandatos e por incapacidade, omissão, ou até mesmo ignorância não fizeram, somados aos todos que só fizeram em seu próprio benéfico e hoje são considerados fichas sujas.

É obsceno que tenhamos que ter novamente no poder, como representantes da sociedade, políticos com as fichas sujas. Chega de imoralidade, é necessário que os próprios partidos devam ser os primeiros a vetar estas participações, mas como em muitas cidades pequenas eles são os presidentes dos partidos, donos dos mesmos e de certa forma coagem seus representantes superiores no que querem e através dessas artimanhas garantem suas participações por submissão dos demais partidários.

Mas, o mundo e as novas tecnologias são cada vez mais favoráveis e não podemos nos permitir errar pelo que já sabermos que não foi bom ou adequado. Não pagamos o pato, e sim sofremos as conseqüências daquilo que escolhemos para nós. Se nos corrompermos aceitando ou omitindo, teremos o governo tão corrupto como nós mesmos. Eles são o reflexo daquilo que fazemos e escolhemos.

Um velho ditado diz que: “me diga com quem andas, e lhe direi quem és!” Ouço falar muito em união num objetivo comum, mas devemos nos unir em prol de quem já nos decepcionou?... Não acredito, pois estes políticos têm a visibilidade que nós e a mídia lhes damos, e se queremos mudar, organizar, começar de novo, devemos ser audaciosos, lembrando também outro dito antigo: “Quem anda com porcos, come farelos!”

Deveríamos ter a coragem de ousar, pois sinceramente a sociedade maricaense não merece estes usurpadores, que há anos só fazem a troca das cadeiras. Os Fichas Sujas são pessoas que de alguma forma se apresentaram como formadores de quadrilhas, que já meteram a mão nos cofres públicos e que também usam de falsidades ideológicas, além de comprovarem que são inaptos no exercício das funções! Permitirmos que retornem ao poder de alguma forma, nos torna coniventes, sendo assim, cúmplices de seus atos. Podemos ser melhores que isto, não é?!

O retorno de qualquer um destes indivíduos será uma desmoralização total, uma brincadeira de mau gosto, crime contra a honra e a dignidade, assim como a decadência de nossa sociedade. Mudar isto, só cabe a nós! Deixamos à muito tempo de sermos inocentes úteis para sermos cúmplices desta corrupção ativa. Porque no fundo sabemos que muitos dos quais ajudamos a eleger são corruptos ou se corromperam e fingimos que de nada sabemos! Ficamos acuados num canto escuro esperando passar.

Enfim, 2011 passou, 2012 está acontecendo, já se foi o carnaval, e a quarta feira de cinzas ficou para trás, já aparecem matérias sobre a Páscoa, Dia das Mães, Namorados, Pais, Criança e sabe-se lá mais o quê! Muito em breve chegarão as eleições, por esta razão está na hora, mesmo que tardia, de exigirmos a seriedade e ética para um compromisso real e não mais nos permitirmos ás palavras ao vento nos palanques da vida.

Ana Paula de Carvalho, membro no Movimento LUTO por Maricá

sábado, 18 de fevereiro de 2012

VEREADORES VOLTAM DE FÉRIAS E VÃO PARA A FOLIA

SER OU NÃO SER! E, não é Hamlet...

Após mais de sessenta dias de recesso do legislativo em Maricá, aconteceu uma sessão ás vésperas do carnaval sem que tenha sido discutido qualquer assunto de interesse público, pelo contrário discutiram apenas seus objetivos pessoais. Então mais uma vez o legislativo vira as costas para o serviço a que se destina, nem mesmo tomam conhecimento das diversas petições protocoladas durante o período de recesso e que deveriam ser apresentadas e lidas durante a plenária.

Fica evidente o total desprezo pela população. Em resumo como sempre, mais preocupados com o “EU” e deixaram as solicitações dos moradores para depois, para semana que vem, ou a próxima, depois do carnaval, quem sabe no mês seguinte, talvez no próximo ano ou simplesmente nunca!

Mais uma vez precisamos reforçar os posicionamentos de uma renovação de 100% da câmara ainda que isso pareça improvável, mas certamente não é impossível. Os supostos representantes de Maricá continuam querendo decidir as nossas vidas e a política local em botequins, blocos de rua, em caminhadas pró-candidatos do PT e sabe-se lá mais o quê!

Nestes pretensos políticos da continuidade, ainda irão aos palanques para defender empreendimentos de grande magnitude, decisão esta que não lhes cabe, ainda mais sem o “aval” dos moradores deste município. Esta e outras decisões devem tomadas baseadas na vontade popular por uma necessidade coletiva e evidente, para isso temos que instrumentalizar a população com informações claras e adequadas para que se pronuncie a favor ou contra, devidamente embasados em fatos concretos.

Falar em gerar empregos numa cidade em que não existem cursos preparatórios, de capacitação ou formadores para tal mercado, é entender que todos os empregos gerados serão para pessoas de outras cidades sem o compromisso com os locais, fazendo dos nossos moradores os subempregados de estrangeiros, sejam estes nacionais ou não. Naquela sessão especifica observava-se apenas “políticos” imporem as suas vontades pessoais sobre “Ser ou não ser” (candidato) essa era a questão!

Aparentemente nada mudará em 2013, deveremos continuar trabalhando incansavelmente para que nenhum dos vereadores em exercício hoje volte a se eleger neste município, assim como encontrem na resistência uma barreira intransponível nos seus intentos eleitoreiros pessoais, pois até agora nada fizeram pelo povo!

A conclusão a que se chega é que na Maricá, pseudo-emergente, falta vontade política coletiva para evitar que os egos pessoais sejam mais importantes do que os assuntos que façam a verdadeira diferença para a esperança e felicidade de um povo que trabalha e paga seus impostos e que em geral não são empregados para os fins a que se destinam.

Devemos reagir com justa indignação, os tribunais precisam proceder a um controle jurídico dos interesses públicos, lembrando que só estão ali porque a população votou em e os escolheu como representantes, inclusive quando nas manifestações em favor da determinação judicial de resguardo de direitos fundamentais no caso de omissão legislativa, ou inércia do Poder Público!

As finanças públicas são verdadeiros filmes de ficção, temos uma carga tributária de Primeiro Mundo, e educação, infraestrutura, assim como demais serviços públicos de Quinta Categoria. Maricá está minguando, sem planejamento, nem metas diante a uma obscena desordem de especulações de mega empreendimentos, sem a menor estrutura físico-administrativa, por sua total incompetência, amadorismo e omissão.

Maricá precisa se reencontrar com a Cidadania, ter mais dignidade, pois esta é garantida pela constituição, devemos remodelar nossos ideais e condutas, criando assim as oportunidades favoráveis de um futuro digno e possível. O descaso político não pode condenar Maricá ao retrocesso social e imoralidade administrativa.

O Poder público deveria assegurar o bem-estar das populações, assim como seu direito de ir e vir conforme rege a carta magna nacional e conservar ou melhorar as condições ecológicas locais entre tantas outras obrigações. Não oprimir, não ignorar, não desconsiderar e ouvir a voz de seus cidadãos.

Entende-se que as atitudes políticas administrativas devem considerar as condições e necessidades sociais e econômicas locais, garantindo às populações a sua subsistência caso dependa da utilização de recursos naturais existentes, ou crie meios de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos, ou ainda restaurar e recuperar o que existia antes de todas estas alterações impactantes.

Deveriam se preocupar mais em melhor ordenar, controlar e direcionar o processo de expansão urbana de acordo com suas características e potencialidades do município, do que com suas próprias vidas politicas, muitas vezes beirando o ridículo, chegando em alguns casos a comédias pastelão iguais ás produzidas pela extinta companhia de cinema Atlântida.

Uma das citações mais famosas de Ikeda - “Prezar o outro é fortalecer a si mesmo” deveria estar no âmago de todos os políticos que pretendem seguir carreiras respeitosas, se é que isso é possível. Maricá continua nas mãos de pessoas desinteressadas manipuladas por terceiros e ao mesmo tempo manipuladoras, sem ouvir a população, esquecem-se que o principio da democracia está em respeitar a minoria.

Dentro desse quadro é preciso desde já uma movimentação de toda a comunidade regional para que o Estado e a União voltem seus olhos para cá, não para fazer obras de sustentação passageira ou de cunho eleitoral, mas para a continuidade do desenvolvimento baseado naquilo que queremos para nossa cidade. Para finalizar com mais uma citação de Ediel Ribeiro - “A política e a prostituição são os únicos empregos que não exigem experiência anterior”.

Ana Paula de Carvalho, membro do movimento LUTO por Maricá

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

BARÃO DE INOHAN 51 - fevereiro 2012

BARÃO DE INOHAN 51 - fevereiro 2012

Confira nesta edição do Bãrão de Inohan
-  Deputado Hélcio Ângelo tome posse na ALERJ
- Sérgio Cabral confirma compromisso com PMDB Maricá
- Solange Lobo do programa PAPO CABEÇA recebe CAROLINO SANTOS
- Santuário Ecológico de Jaconé pode ser destruído pela cobiça dos homens
- Rodrigo Sant'anna faz show em Maricá
- Andressa Figueiredo morre esmagada por caminhão
- Barão de Inohan entrega documentos ao governador Sérgio Cabral e Macadame volta pela NONA vez para refazer trechos de obra entrega há apenas 6 meses
- E aonde está a CICLOVIA?
Isso e muito mais na edição de fevereiro do seu Barão de Inohan











sábado, 4 de fevereiro de 2012

MACAÉ, CAPITAL DO PETRÓLEO


Video de Ana Paula Carvalho
Movimento Luto Por Maricá

DUTO DO COMPERJ NÃO!

RECADO PÚBLICO: DUTO DO COMPERJ, NÃO!

Por unanimidade, o recado foi dado na Audiência Pública do “Projeto do Emissário Terrestre e Submarino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro”: - Fora, duto do COMPERJ!

A sociedade civil, em pleno exercício de cidadania, cumpriu seu papel e registrou na história do município de Maricá: - 24 de janeiro de 2012 – o dia do Não! Dia em que seus cidadãos se reuniram e viraram a mesa na Audiência Pública, aquele já conhecido e desconsiderado rito de passagem, passe-livre para os megaempreendimentos poluidores, usurpadores de referências ambientais e culturais. Em total cumplicidade, o poder público, aliado ao poder econômico, representado pelo INEA/CECA – órgão ambiental licenciador, assumiu o papel de mestre de cerimônia e apresentou seus atores, todos a serviço da liberação da absurda licença. A mesa da “festa” foi montada com pompa de corte, decorada com arranjos de flores mortas, impróprias! Os componentes, integrantes das equipes de consultores, da Petrobras e do INEA, identificados com pulseiras azuis, impróprias! Suas atitudes e discursos os identificavam, impróprios!

Em alta performance, experiente na função, o Presidente da CECA se apresentou ao público, destacando seu papel oficial, com a missão de receber as observações da plateia, “porque uma audiência pública não cancela o licenciamento, mas agrega recomendações ao processo”. Destacou, ainda, que seriam aceitas perguntas por escrito e que o uso da palavra estaria garantido aos (14) participantes já inscritos, via internet, de acordo com normas do CONEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente). Assim, foi dada a largada para as questões de ordem: “Vale o escrito? Não é isso o que está escrito no papel que descreve as – Normas de procedimentos para Audiência Pública – assinado pelo INEA e distribuído na pasta da Petrobras”, alerta o militante, Fernando Tinoco,também experiente, lendo o item 4: - "o Presidente declarará aberta a primeira fase da Audiência Pública, assim como aberto o prazo para a apresentação de perguntas escritas e inscrições para o uso da palavra durante os debates..." Diante disso, recuou o presidente da mesa e liberou o microfone, tempos depois de submeter a plateia, inclusive, ao relato dos projetos sociais da empresa, dedicados aos municípios afetados, como “uma grande oportunidade de promover o desenvolvimento da região do entorno”. Tempo perdido com tanto bla-bla-bla, pura propaganda enganosa, também imprópria! Além disso tudo, o foco fundamental está na outra questão da fala do presidente, sobre o papel da Audiência Pública: –“não cancela, mas agrega contribuições”. Segundo o item 6 das – Normas de procedimentos para Audiência Pública: “... ocasião em que apresentará explicação sobre o licenciamento ambiental, a ausência até o momento de decisão sobre a expedição da licença ambiental ao empreendimento, o caráter consultivo e os possíveis desdobramentos da Audiência Pública e o termo final do período de análise e decisão sobre a licença, o qual também levará em conta o que for apresentado na Audiência Pública e no período seguinte de oferecimento de comentários suplementares”. Vale o escrito? Assim, como bem observou uma participante, simples dona de casa: – Registrem bem o resultado da Audiência: “O povo de Maricá disse não ao duto!” E outra completou: “Nossa casa, nossa regra!” Vale o registro? Ponto final.
– A resistência, em Maricá, existe e está atuante como nunca, organizando seus movimentos e atuando em várias frentes em defesa dos ambientes naturais e culturais, como os pescadores tradicionais da comunidade Zacarias e os grupos em defesa das lagunas e restinga, como bem destacaram Flávia Lanari, representante da APALMA, e a Professora Desiré... da Associação Pró-restinga.
Como os donos do poder tanto gostam de destacar, também houve fartura de argumentos técnico-científicos contrários ao emissário, muito bem estudados e apontados pelos participantes, também embasados em pareceres dos meios acadêmicos. Dentre os muitos aspectos negativos do EIA, destaco o flagrante desrespeito à APA de Maricá e ao Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET, Unidade de Conservação administrada pelo próprio órgão licenciador, o INEA. A mesma mão que deve proteger licencia sua contaminação! Pasmem!
A área marinha do PESET, demarcada entre a Pedra do Elefante e o Costão de Itacoatiara, na enseada do bananal e entorno, (onde há ocorrência de vórtices), será alvo da pluma dos efluentes contaminantes: cianetos, fenóis, óleos e graxas... (toda a tabela periódica). Biodiversidade ignorada, biodiversidade perdida! Pesca artesanal de Itaipu e Maricá também em extinção!
Diante de tal ameaça, concreta, o Conselho Consultivo do PESET, integrado por representantes da sociedade civil, criou um Grupo de Trabalho dedicado a analisar o Estudo de Impacto Ambiental, ao longo do último ano. O Coordenador do GT, o ambientalista Cássio Garcez, apresentou na Audiência as principais questões (em anexo) que levaram à total desqualificação do EIA.

Essa Audiência Pública deve se tornar um marco. O marco zero para o INEA rever sua postura ética e a política pública ambiental que implementa no Estado do Rio de Janeiro. Se é que se pode considerar a existência de algum planejamento ambiental nesse governo, que esteja acima e além das politicagens partidárias. Exemplo claro? A inexistência de um eficaz plano de contingência, falha revelada diante do último acidente ocorrido na bacia de exploração de petróleo no litoral de Campos. Imagens fortes: mancha de óleo de enormes dimensões se estendendo pelo mar aberto. E o monitoramento? E as consequências? Quem sabe? E o pagamento das multas? Quem recebe? E as nefastas medidas compensatórias? O crime não compensa! A biodiversidade perdeu!

Laura França
Jornalista
Pós-graduada em Planejamento Ambiental-UFF
Ex-integrante do Movimento Cidadania Ecológica
Ex-Administradora do PESET (1993 a 1996)
Integrante do GT-Duto do Comperj

AGENDA 21 - Considerações sobre o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatório de Impacto no Meio Ambiente e a Audiência Pública sobre o Licenciamento do Duto de Efluentes do COMPERJ

FÓRUM DA AGENDA 21 LOCAL DE MARICÁ

Instituída por Lei Municipal n° 2.364 de 28 de abril de 2011.
Rua Alvares de Castro, 346 - 2ºandar SPE

Ao Ilmº Sr. Antonio Carlos Freitas de Gusmão
Presidente da CECA
Rua Fonesca Teles, nº 121 – 8º andar – São Cristóvão

Considerações sobre o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatório de Impacto no Meio Ambiente e a Audiência Pública sobre o Licenciamento do Duto de Efluentes do COMPERJ

Tomando por base o pedido de licenciamento do processo E-07/203.885/08 e os seus respectivos Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA), e após análise dos mesmos, Membros, Participantes, Colaboradores e Simpatizantes do Fórum da Agenda 21 de Maricá, observaram diversas irregularidades nos referidos instrumentos que demonstram suas fragilidades e os tornam inadequados para uma análise neutra e profissional, tornando-os impróprios para serem utilizados como base para o licenciamento da obra em questão. E concluíram que:
Considerando, antes de mais nada, que a estrutura do Estudo não atende as orientações da Instrução Técnica DILAM nº 11/2009.
Considerando-se o desconhecimento total da região de Maricá por parte dos responsáveis pelo estudo, que ficou patente ao errarem dados da Administração Pública, confundirem toponímios, trocarem as posições de cursos d'água, utilizarem dados públicos inadequados, utilizarem mapas inadequados ao percurso do duto e outros enganos do mesmo nível.
Considerando-se que apesar de ter sido declarado na Audiência Pública que haviam consultado pescadores da região, apenas identificaram quatro espécies de peixe, desconsiderando as outras e sequer observou-se sobre o efeito de ressacas que ocorrem em períodos regulares, o que torna a informação, quando nada, duvidosa.
Considerando-se ainda, que em momento algum, o estudo informa que o despejo se efetuará dentro da área de incidência do fenômeno conhecido como Ressurgência, que serve para a manutenção da flora e fauna do litoral norte fluminense, não referenciando, nem utilizando, nenhuma análise sobre os efeitos destes efluentes na ictiofauna local e migratória (como o caso de baleias e tartarugas, golfinhos, etc, de mais de uma espécie, vistas de forma quase regular próximo ao litoral).
Considerando-se que apresenta mais um erro grosseiro ao considerar adequada um pluma que atinge a área marinha do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), administrado pelo próprio INEA, o que fere legislação federal vigente.
Considerando-se também que na bibliografia apresentada, fraca no seu todo e com repetições de indicações, quase não foi levado em consideração que existem muitos estudos de Universidades e da Marinha do Brasil definindo velocidades, salinidade e outros dados interessantes das correntes do Brasil e das Malvinas, que demonstram que estas estão muito próximas ao litoral, que é de grande profundidade na região, e que estas sofrem alteração de largura, profundidade e velocidade dependendo da época do ano e de várias outras condições e que tais estudos não se referem apenas a um curto período, mas a muitos levantamentos em condições diversas e que precisariam ser avaliados.
Considerando-se que sequer é citado o texto de uma dissertação, indicada na Bibliografia do Estudo, que considera aquele litoral extremamente erosivo e, portanto, de difícil instalação de elementos fixos.
Considerando-se ainda que o estudo não leva em consideração que a região faz parte de uma grande área de incidência de vórtices tropicais temporários, conhecidos pelos pescadores locais como “olho d'água”, que podem apresentar variados diâmetros e que estes são hoje os responsáveis pelo aparecimento, nas praias de região, de lixo oriundo do fundo da Baia de Guanabara, que acaba sendo transportado pela corrente e, ao ser arrastado por um vórtice, é lançado ao litoral.
Considerando-se que um destes vórtices supracitados poderia transportar para as praias da região, antes mesmo de sua “dispersão”, toda a produção de efluentes que estivesse sendo descartado, ultrapassando em muito a pluma sugerida,
Considerando-se que, com relação à pluma, apresenta apenas um único trabalho de modelagem especificando a probabilidade de dispersão dos componentes básicos dos efluentes, quando sabe-se existirem outras refinarias no país, alegadamente com monitoramento de efluentes que poderiam servir de base.
Considerando-se também que a referida pluma é avaliada em apenas 1.600 m, porém tal estudo não leva em consideração a fortíssima dinâmica costeira com variações de intensidade e de direções de correntes e ressacas que afetam em muito o litoral e que ocorrem em períodos certos, o que poderia, entre outras coisas, lançar ao litoral todo o corpo físico do duto em sua parte marítima devido à força das marés.
Considerando-se, ainda com relação à pluma, que não foi mencionado nem analisado o efeito residual que a fará crescer sempre, apesar da dinâmica local.
Considerando-se ainda que o volume de efluentes indicado fica muito aquém do volume natural de tratamento de 200.000 barris/dia no início da produção e 550.000 barris/dia já em pleno funcionamento, dado este não considerado no referido estudo.
Considerando-se que na apresentação da AP, a empresa responsável pelo estudo, a CEPEMAR procurou apresentar dados novos, que corrigiam falhas iniciais, porém tais dados foram incorporados após a entrada no INEA dos relatórios de contestação registrados pelo Movimento Pró Restinga e pelo Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca e que tal fato ficou claro ao depararmos com a inclusão, entre as espécies ameaçadas, do rato de espinho, que só foi catalogado e noticiado meses depois do EIA ter dado entrada no INEA.
Considerando-se, principalmente, que a simples alteração de dados no EIA, realizada a partir da apresentação dos relatórios anteriormente citados, apresentados em janeiro de 2011 a este Instituto, e a partir da AP em Maricá, não faz com que o Estudo passe a ser confiável, pois muitas outras falhas ocorreram e persistem.

Apesar dos argumentos apresentados pelos representantes da CEPEMAR para justificar erros e tentar eliminar dúvidas, estes não foram convincentes, em momento algum. Muito pelo contrário, expuseram a fragilidade do trabalho.

Concluiu-se também que a opção de lançamento de efluentes por um duto no litoral do distrito de Itaipuaçu, não seria o ideal para este tipo de descarte. Principalmente se considerarmos que a Petrobrás em sua página oficial garante possuir refinaria com “descarte zero”.
Consideramos, então que caso insista-se neste projeto, sabidamente não adequado, é necessário:
alterar-se de imediato o projeto para que seu comprimento marinho passe para além da área de influência das correntes, e um pouco mais livre de acidentes naturais para:
a) evitarem-se problemas ambientais ; e
b) evitarem-se problemas sociais e econômicos.
fazer-se um Estudo adequado que avalie todos os pontos apresentados nas AP e que:
a) utilize dados recentes;
b) utilize bibliografia adequada e atualizada;
c) faça uma análise adequada de estudos já realizados por diversas instituições;
d) faça um estudo comparativo com o descarte de outras refinarias; e
e) principalmente, que siga a legislação pertinente e as instruções dos órgãos competentes.
Assim sendo, consideramos que não se trata apenas de exigirem-se acertos no Estudo, mas sim de uma revisão geral no projeto e da realização de um novo estudo.
Consideramos a importância da urgência de uma solução. Porém esta deve ser adequada de modo a não deixarmos para nossos descendentes a obrigação de concertar erros atuais, nem de arcar com as consequências destes erros.
O coletivo da Agenda 21 de Maricá reconhece o valor dos técnicos atuantes no Instituto Estadual do Ambiente e acredita que, diante de todo o exposto, não concederiam uma licença prévia para um projeto tão delicado, com base num estudo tão fragilizado e eivado de interpretações errôneas. Desta forma recomendamos:
Que o INEA determine a suspensão imediata do processo de licenciamento do Emissário Terrestre/Submarino do COMPERJ; providencie a investigação das diversas denúncias feitas durante as Audiências Públicas, assim como aquelas protocoladas e solicite a elaboração de novo EIA/RIMA , melhor embasado e de melhor qualidade.

Maricá, 03 de fevereiro de 2012.

Izidro Paes Leme Arthou
Coordenador

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA DO COMPERJ

Nossa Casa, Nossas Regras!!!

Maricá - Rua cinco, bairro Risca Faca, distrito de Inoã dia 24.01.201. Com meia hora de atraso começou a audiência pública do licenciamento do Emissário Terrestre e Submarino do Comperj. Isso já foi um inicio conturbado, pois conforme DELIBERAÇÃO CECA nº 2.555, de 26 de novembro de 1991, que "Regulamenta a realização de auditorias públicas, como parte do processo de licenciamento de atividades poluidoras sujeitas à apresentação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental RIMA".

A população interessada não se dispersou e ali permaneceu até que se fizesse ouvir.
A audiência acabou ás 00:45 do dia seguinte (25 de janeiro de 2012) foi uma forma de poupar o empreendedor ? Assim me parece, pois foi desgastante fisicamente para todos, inclusive para as crianças presentes, mas ainda há muito do que falarmos!

Devemos lembrar que é uma audiência pública, isto é, escutar o público presente, mesmo nos considerando desocupados, como apresentado na página 251 do EIA, inclusive as crianças presente significam famílias inteiras interessadas no assunto!

Todas as exposições flagraram o total descompromisso da empresa para realização do EIA e mais, o desconhecimento completo do seu conteúdo chegando a ser desmoralizante, assim como desqualificativo para todos os envolvidos naquele estudo. Foi triste ver pessoas defenderem o indefensável, o que estava flagrante e obscenamente constatado. Só não tivemos piedade, pois a humilhação de poucos, por sua própria omissão ou incapacidade poderia ser o fator determinante para a degradação total de Maricá.

NOSSA CASA, NOSSAS REGRAS!
NOSSA CASA, NOSSAS REGRAS!

Outro fato muito relevante, foi que mesmo que seja um problema muito insignificante diante a todos os ambientais apresentados, ao admitirem que erraram (cabe atentar que existem muitos outros não citados) nas informações apresentadas no Diagnóstico Ambiental do Meio Antrópico no que diz respeito á sociedade do cenário em Maricá, não só o aquele capítulo foram desacreditados, como todo o EIA pois considera-se a falta de empenho da equipe, assim como a própria incompetência para todo o trabalho. Isto é, apesar de banal e parecer piada (já que a atual gestão tem mais de 90% de reprovação), naquele instante admitindo o erro, admitiram o factóide que é todo o EIA/RIMA.

Seja como for, uma coisa ficou bastante clara que foi a não aceitação de qualquer empreendimento goela abaixo, sem que seja criticado exaustivamente até que atenda aos requisitos mínimos da sociedade maricaense. Outro recado foi dado para o INEIA, a Petrobras e ao Brasil, de que temos opinião, queremos ser respeitados e mais uma vez cito que em "Nossa Casa, Nossas Regras!".

Ana Paula de Carvalho, membro do Movimento LUTO por Maricá

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CULTURARTEEN 102 - fevereiro de 2012

CULTURARTEEN 102 - fevereiro 2012

Leia nesta edição do CULTURARTEEN:
- JÉSSICA JABOR, conquista mais um título. Agora foi GAROTA COMPLETA 2011.
- Conheça YNGRYD CAROLINE. Linda!
- Belcorp chega à Maricá
- O Emissário do COMPERJ
- Grandes dicas para o carnaval
- O perigo do assistencialismo
- O cordel que deixou a Globo irritada
- Começa a série sobre os nomes históricos de Maricá
- Você sabia que o IPVA não é documento obrigatório?
- Já ouviu falar em DISTIMIA?
- A China vai quebrar a economia mundial
- Saiba como criar uma escola acolhedora
Tudo isso e muito mais na edição de fevereiro do seu CULTURARTEEN