PLANO MARICÁ 31
Na manhã do sábado 24 de setembro aconteceu no Santa Mônica Centro Educacional em Maricá, a apresentação do Plano Maricá 31. Realizado pelo COMCID através de seus membros presentes, correalização do Instituto Sagres Políticas e Gestão Estratégica Aplicada.
Iniciou-se com uma breve apresentação do Sr. César Augusto do COMCID, questionando como é difícil supor o que acontecerá daqui a poucos minutos, daqui a alguns dias, quanto mais daqui a 20 anos. E que esta seria a proposta de hoje, planejar hoje para um futuro provável.
O Sagres foi apresentado pelo o Sr. Raul Sturari, Inteligência e Prospectiva Estratégicas, que divulgou a empresa, atividades, e um breve currículo inclusive quanto ao OSCIP. Evidenciou os profissionais envolvidos, a importância de nos 3 níveis de desenvolvimento haver a participação de administradores profissionais (Sr. César Augusto do COMCID, Sr. Maurício Nascimento como morador e Sr. Raul Sturari do Instituto).
Este grupo, através de seus profissionais, traz em sua bagagem técnica, uma análise no âmbito mundial e brasileiro com vistas para Maricá, de maneira a visualizar o cenário de como este município é visto por estes dois pontos de vistas.
Todo processo está embasado na participação da sociedade que objetivará em seus estudos e pesquisas a vocação que queremos para Maricá. Inclusive com Oficinas, consultas e demais instrumentos necessários para o êxito no planejamento.
Foi apresentado um cronograma, onde destaca que toda esta caracterização inicial, isto é, o diagnóstico estaria para terminar neste mês e em março ou abril todo o planejamento preliminar, pois ainda necessitaria de consultas públicas (semelhantes a referendos) que determinassem alguns pontos.
Com isto chegando a uma síntese geopolítica, onde estejam determinados indicadores e metas (com consulta e fiscalização popular), inclusive servindo de referência para definir a vocação regional. Pois estes planos já deveriam estar servindo de base para o PPA (planos plurianuais) de cada gestão, iniciando em 2014, para aquele que vier a conduzir o executivo a partir de 2013.
Deve-se apontar que para este início, em nível de planejamento é quase que imediato, pela proximidade de aplicação.
O Sr. Maurício Nascimento, apresentou dados demográficos e a evolução populacional da cidade, mostrando que Maricá cresceu consideravelmente em nível de população, mas que não definiu como quer conduzir sua economia e ainda assim perdeu com este crescimento deixando a pergunta se seria uma cidade de veraneio como era nos anos passados, ou uma cidade funcional mesmo que dormitório.
Pois toda a Região dos Lagos cresceu, a região metropolitana também se desenvolveu, e Maricá ficou sozinha, quase que num limbo pela parca administração política apresentada até agora. No que se refere principalmente á circulação de riquezas, assunto este discutível em outras esferas, por não ter uma identidade definida seja na sua funcionalidade, como na economia. O fato é que ficou sem vocação e com isto sem parâmetros para um desenvolvimento vetorizado.
Repetidamente em momentos diferentes, ficou claro que o êxito deste se dá na participação de toda a sociedade, e que este não seria uma projeto de partidos políticos ou outros segmentos, seria um plano inovador da sociedade, que encaminharia através do COMCID (Conselho das Cidades Maricá) para o legislativo, onde se fizesse um projeto lei, da sociedade aos poderes de gestão, invertendo assim a definição do como se fazer.
Ficou claro que caberá sim às esferas de gestão definir como fazer, como implantará tudo que fora determinado pela população, inclusive estes poderão acompanhar por instrumentos de fiscalização, o cumprimento de cada fase, mas especificamente do cumprimento dos PPAs. Além de que, os projetos de governo, também poderão acontecer sempre que dentro dos parâmetros estabelecidos naquele documento.
Foi também apresentado um breve paralelo, informando que hoje tanto o governo do Estado como o Federal já contam com tais instrumentos de gestão, só que produzidos por eles mesmos. Lembrando que para a crise político-administrativa que vivemos hoje, este se torna uma forma de definitiva e projetada imprescindível a qualquer gestor.
A falta de identidade que hoje nos encontramos e que vem sendo agressivamente gestão-pós-gestão sendo consolidada de alguma forma precisa ser contida. Á principio, este plano estratégico da Cidade obedece a critérios qualitativos para o desenvolvimento da qualidade de vida, não diz o como fazer, mas o que queremos que seja feito.
Encerrado o seminário, com o comprometimento dos interessados em serem participativos e multiplicadores deste plano estratégico para que até 2031, tenhamos a Maricá que hoje desenhamos em nossos planejamentos.
Em minha opinião pessoal, hoje identifico como principal problema o total desamparo generalizado e que só conseguiremos o êxito neste processo, se realmente em seu planejamento não envolva campanhas políticas partidárias, mas que seja sim um instrumento de desenvolvimento daquela sociedade, assim como todos os futuros candidatos tenham em suas intenções a simpatia pela prática de tais condutas.
Este instrumento necessita de boas mãos para que se consolide uma arma fundamental para uma Maricá próspera, onde jamais seja novamente massa de manobra como tantas outras como falou um dos presentes naquele fórum.
Precisamos acreditar, queremos acreditar, devemos acreditar sempre, que podemos escolher o que queremos para nossa Maricá, pois projetos de todos os níveis já existem e os próximos gestores precisam ter em mente que a soma de todos eles é renovadora para o município, e esta decisão começará de verdade a ser definida nas eleições de 2012, através de quem escolheremos para nos governar no executivo e legislativo, assim como o comprometimento que estes terão com a população.
Ana Paula de Carvalho, membro do Movimento LUTO por Maricá.