“No dia em que Maricá completa 197 anos, a população não tem o que comemorar”. Foi desta forma que a diretora geral do Sindicato dos Profissionais em Educação do Município de Maricá (Sineduc), Aline Simonassi, deu início ao Ato Público em ‘Defesa da Educação e Pelo Fim da Corrupção em Maricá’. E não tem mesmo. Além de a Educação ter entrado em colapso, a área da saúde também está na UTI – tanto que o Ministério Público já esteve no Hospital Municipal Conde Modesto Leal apurando todas as denúncias. Isso sem contar as péssimas condições das estradas, que impedem o vai e vem dos moradores e turistas.
Por conta disso, várias entidades se uniram no dia do aniversário da cidade para protestarem. Durante o Ato Público, foi realizado um cortejo simbólico pela morte por falência múltipla dos “órgãos públicos” do prefeito Washington Quaquá, que, aliás, em momento algum durante o dia, teve a coragem de estar cara a cara com a população.
Com direito a viúva, o cortejo foi aplaudido por populares que apoiavam o movimento. Já que a Prefeitura marcou a abertura dos shows musicais, além da solenidade com autoridades, para as 20 horas, o “sepultamento” do prefeito por falência dos órgãos públicos também ocorreu no mesmo horário e foi acompanhado de perto por uma multidão.
Reajuste de 6% é uma piada, segundo Sineduc
Em estado de greve desde a última quarta-feira, dia 25 de maio, a Educação do município luta pelo reajuste salarial de 25%, em caráter emergencial. Com paralisação prevista para o dia 7 de junho, a categoria exige também condições dignas de trabalho e estudo, eleições diretas para diretor, mais escolas e creches, um novo concurso público para a rede, plano de carreira para os funcionários, entre outras reivindicações.
A diretora geral do Sineduc, Aline Simonassi, lembrou ainda que o reajuste de 6% a partir de junho, prometido pelo secretário de Educação, Marcos Ribeiro, não será aceito pela categoria. “O Prefeito prometeu em campanha que faria o reajuste das perdas salariais. Nossa defasagem é de quase 50%. Portanto, esse reajuste de 6% mais parece uma piada. É descaso demais com a educação de nossas crianças”, protestou.
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