sábado, 16 de outubro de 2010

A RESPOSTAS DA URNAS

A Resposta das Urnas!
Li os noticiários invariavelmente sem surpresas sobre as eleições do primeiro turno de 2010, só os veículos de opinião pública pareciam não saber que existia o SIM da maioria para a primeira candidata á presidência, o NÃO para o segundo candidato e o que ninguém parecia perceber é que existia um TALVEZ para a terceira concorrente que vinha tendo uma adesão crescente por ser uma opção ainda que inviável pelo suposto baixo índice de votos, mas que seria o fiel dessa balança. O mais impressionantemente triste é observar que num país de cento e noventa milhões de habitantes que falamos com tanto orgulho, as únicas opções que nos aparecem como capazes são estas parcas e patéticas figuras que estão na reta final das eleições.
Poderíamos ter pelo menos uma dúzia de candidatos com o perfil desejado e não a votação por falta de opção, ainda assim algumas coisas podem ser perceptíveis. Após os primeiros resultados observamos que a terceira candidata teve uma votação maciça de 14,5% do eleitorado, outros 26,1% se abstiveram, anularam ou invalidaram seus votos, o que representa um universo de 40,6% de votantes se somarmos o percentual de 24,4% do conseguido pelo segundo candidato teremos um total de 65%, o que denota um número de rejeição neste valor. Este percentual de pessoas não deseja o favorito no poder. Isso poderia ter significado que o futuro presidente do Brasil poderia ter sido eleito com pouco mais de 35% do pleito em números totais, ou seja, se elegeria com 1/3 do total de votantes e nunca com a metade da totalidade de eleitores.
Por outro lado supondo que haverá uma distribuição ainda que não homogênea dos votos da terceira candidata entre o primeiro e terceiro lugar existe uma variável que poucas pessoas devem ter atentado que são os votos considerados inválidos no primeiro turnos. Como para aqueles votantes seu voto aparentemente não teria peso de decisão, pois as cartas pareciam já estar marcadas, nesta nova fase essa abstinência tende a não ser com a mesma razão porque alguns deste votarão (já que são obrigados a comparecer na zona eleitoral) no candidato favorito só para fazer parte da turma que vai sair vitoriosa, ainda que isso não nos traga nenhum benéfico palpável, e outra parte votará no azarão, o candidato improvável para que o outro não se eleja de forma alguma, da mesma forma não trará qualquer tipo de beneficio.
O voto obrigatório neste caso se mostra um tiro no próprio pé porque terão que contar com os insatisfeitos e revoltados pelo simples fato de serem obrigados a votar no país que se diz democrático onde inclusive querem cercear a liberdade de imprensa. Acredito que se não desejam ser motivo de chacota na mídia não deveriam dar razão para tal com suas atitudes pouco dignas e de gosto duvidosas, a verdade é que não temos ninguém hoje despontando na política que efetivamente nos represente como povo e nação. A votação expressiva em São Paulo para o palhaço que ri até da política é um aviso que já não depende de nós elegermos nossos representantes, mas sim da propaganda que lhes é peculiar.
Em geral e é de pouca notoriedade essa visão, pessoas que se elegem com perfil legislativo pouco ou quase nada têm a contribuir quando se candidatam a cargos executivos e vice versa, são funções distintas e impares, da mesma forma qualquer gestor que se preze cuida para que seu governo tenha sucesso utilizando seu tempo para fazer política de relações públicas e para isso precisa contratar administradores competentes para gerir seus diversos setores. Prevejo que se o candidato favorito ganhar as eleições o percentual diferencial deva ser de 1,5%, já no caso de haver uma virada de sucesso do segundo candidato o percentual de vantagem em relação ao seu adversário seja de 0,5%.
Gostaria de ter outras opções ou de não precisar me responsabilizar por esta atitude de votar obrigatoriamente e por esse motivo vou continuar levantando todas as bandeiras que considerar patrióticas, mas não se surpreendam se num futuro próximo tivermos que eleger um palhaço para presidente, se é que já não o fizemos!
Ana Paula de Carvalho

A RESPOSTA das URNAS II
“O Caso Maricá”
Acabei de ler o obituário político nos jornais locais e vi com muita seriedade que Maricá disse NÃO para o Amadorismo e Coronelismo que se instalou neste município desde sempre. As pessoas resolveram ouvir novas vozes e ir ás urnas dar a sua opinião e ficou bem evidente que quem não obteve o índice mínimo de votos razoáveis que seriam na base dos 7.000 está politicamente morto, ainda que seja temporariamente, digo isso, porque nada impede que estes lancem mão de posturas e atitudes de acordo com o cargo político pretendido e em consonância com a população local.
Passando ao longo das vias, ainda é fácil perceber os campos de batalha onde foram travadas as disputas de territórios, seus estandartes e bandeiras totalmente destruídos jazem no chão presas á vegetação, ao sabor do vento, como lembrança de uma guerra sem vencedores, entretanto nós os eleitores saímos gloriosos! A pergunta que colocamos agora é que surpresas teremos para as eleições de 2012 e quem de verdade estará pronto para concorrer aos cargos que definirão o nosso futuro nos anos seguintes? Existem alguns conceitos a ponderar e parâmetros a configurar.
Entre eles está a vocação para o tipo de trabalho a que se propõe fazer, isso é um talento que nasce conosco, ter um dom natural para executar qualquer tipo de atividade é fundamental, representa um percentual elevado de sucesso desde o início. A pessoa mostrar o que sabe antecipadamente quando encampa atos, atitudes e projetos podem minimizar a quantidade de erros futuros já que neste momento a única representação existente é a pessoal, e caso não tenha a experiência necessária é o período certo para aprender In Loco e aumentar a sua capacidade no processo decisório uma vez que este tipo de atividade requer liderança praticamente nata.
É importante definir os seus parâmetros ideológicos e se perguntar se deseja apenas o status que o cargo lhe confere ou realmente quer deixar seu nome honrosamente na história de sua cidade e país. O simples fato de outros acharem que você pode ser candidato, não assegura que terá um mandato sereno e com lisura, temos no próprio município um exemplo de legisladores que acabaram por se eleger ás custas de votos de terceiros através do uso de suas imagens figurativas nas campanhas no intuito de associar sua fraca representação a nomes já consolidados, o que estes que acabaram por se “vender” em troca de nomeações e vantagens pessoais não prevêem é que no caso do mandato ser um insucesso seus nomes também perde o valor agregado muitas vezes ao longo de anos até de bom trabalho.
Por isso, antes de ser candidato a candidato pergunte-se que tipo de político quer ser, se deseja se Eleger (que neste caso é ocupar o cargo através de compromissos eleitorais diversos) ou se pretende ser Eleito (ocupa o cargo por vontade popular com intenções honestas). Apesar de serem parecidas, as expressões são antônimos, pois tem objetivos distintos e diferenciados e, dito isto, tenho certeza que aqui em Maricá quem não arregaçar as mangas agora para mostrar o que pretende e é capaz, certamente não se elegerá, até porque eu não acredito em candidatos de ultima hora e jamais votarei num!
Farei tudo ao meu alcance também para que outras pessoas pensem da mesma forma, com isso a contar da data atual os candidatos terão 6 anos e não 4 como manda a lei de eleitoral para exercer o seu mandato, 2 por conta de sua campanha popular junto á comunidade e 4 por direito adquirido por votação direta. Se estiver ao meu alcance jamais permitirei que político algum não cumpra suas obrigações públicas e que não cumpra os horários de labuta como qualquer trabalhador que com seu voto o empossou.
Os cargos públicos em Maricá não serão mais cabides de empregos para gente desocupada ou com insatisfação profissional, hoje já sabemos o que queremos e o que não queremos para os próximos anos e a resposta foi a resposta das urnas no nosso município e o fato de não elegermos nenhum candidato por entendermos que eles não nos representavam de forma alguma. É importante ressaltar que todos os cidadãos estão aptos a concorrer aos cargos públicos nas próximas eleições, isso vale também para as lideranças partidárias sempre lembrando que o ideal é começarem a trabalhar desde já!
Somos novos soldados numa guerra muito antiga, mas não desistimos nunca!
Ana Paula de Carvalho
www.civilidade.com.br

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