Após a recente eleição, chegou-se a uma conclusão mais óbvia que elaborada: quem perdeu a eleição não foi o Haddad, foi o PT. Foi o PT nacional. Foi o PT nos estados. Foi o PT nos municípios. Inclusive em Maricá, onde Haddad foi severamente surrado nas urnas.
O que levou à tamanha derrocada do partido que é comandado de dentro da cadeia?
O maior dos motivos foi o assalto generalizado aos cofres públicos, que levou vários comandantes PeTralhas a residir em presídios Brasil afora. Tornozeleiras eletrônicas vermelhas eram o hardware do momento.
Entretanto, a falta de credibilidade nas escolhas, nos atores escolhidos para o cenário político local e nas ações dos mesmos, também foi fator preponderante para a brutal rejeição popular. Vejamos em Maricá:
- Renato Machado: O pastor evangélico que desfilou no Bloco Carnavalesco Garça da Manhã, em Araçatiba, sempre foi conhecido como pedreiro em Bambuí. Entretanto, com a subida de Fabiano Horta ao poder, mesmo sem saber uma vírgula sequer da Lei 8.666/93, o pedreiro de Bambuí foi alçado à Secretaria GERAL de Governo. Após alguns meses, pressentindo o altíssimo risco de sua Portaria, Horta transferiu a responsabilidade da Lei 8.666/93 para a Secretaria de Administração, comandada por um estrangeiro, claro. Sem finalidade operacional na pasta, o pedreiro de Bambuí acumulou a Secretaria de Obras, um pouco mais perto de sua realidade, sem perceber que, entre tijolos, brita e cimento, existe a "gestão pública". Resultado: além de uma série de crimes ambientais cometidos em Araçatiba, Ponta Negra, canal do Recanto, o pedreiro de Bambuí responde a uma AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE), onde, inclusive, já teve um recurso negado. Foi o principal articulador pela campanha fracassada de Haddad em Maricá.
- Fabiano Horta: Assim como Dilma Rousseff, foi escolhido para a sucessão por ser mais fácil de manipular. Teve que engolir Quaquá trazer a filha de Lula, Lurian, para presidir o PT municipal. Quando na Câmara Federal, por total falta de capacidade, teve que se licenciar para que Wadih Damous assumisse e defendesse Lula em plenário. Restou a Fabiano ficar escondido numa secretaria de Eduardo Paes no Rio de Janeiro. E aí Fabiano, Maricá é uma merda? Assim como o pedreiro de Bambuí, também responde a uma AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE), inclusive, com audiência marcada para novembro, só que nada azul. Hoje, encontra-se às voltas com tudo aquilo que não teve coragem para se impor. Um fraco!
- Fabrício Bittencourt: Líder do governo na Câmara Municipal, chegou ao ponto de defender um caso claríssimo de NEPOTISMO do irmão do prefeito, alegando ser o mesmo "um excelente médico". Não adiantou babar o ovo, o dr. foi exonerado a bem do serviço público. Tem sob sua tutela a segurança pública e o trânsito do município. Talvez por isso, vemos rotatórias onde só passa gambá. Pediu baixa dos quadros da PMERJ para não ser expulso quando respondia a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), onde também é réu, junto a Quaquá e Lourival Casula, no caso da morte de um magistrado quando da queda de um avião na aproximação ao aeroporto de Maricá, indiciados pelo dr. Julio Cesar Mulatinho, à época, delegado titular da 82a DP. No momento, encontra-se em guerra com seus braços direito e esquerdo para não tomar uma rasteira caseira.
- Igor Sardinha: Bizarro! O cara foi derrotado nas eleições municipais (pasmem) em Macaé e Fabiano, em mais um penduricalho, tratou de ajeitar o moço no governo maricaense. Não prestou para seu próprio povo, mas aqui qualquer um presta. Mesmo Maricá não tendo porto, Sardinha assumiu a Secretaria Municipal de Portuária, e está há 22 meses (número de maluco) recebendo dinheiro público para gerir e realizar absolutamente NADA. Um parasita estrangeiro que pensa que "Pindobas" é plural de "Pindobal".
=> Num caso como esse, cheguei a sonhar com um surto de febre aftosa. Assim, todo o rebanho seria sacrificado. Porém, com a razão se sobrepondo à emoção, vejo que a melhor vacina está nas urnas.
2020, seja bem-vindo!
Professor Adilson Pereira