quinta-feira, 31 de março de 2011

BANDIDOS TAMBÉM USAM INTERNET

BANDIDOS TAMBÉM USAM INTERNET

Bandidos profissionais ou não, sejam de ladrões de galinhas ou de colarinho branco, principalmente os de hoje, tem internet e usam esta para subtrair de indivíduos e grupos muitas vezes inocentes informações vitais e relevantes. Sim, existem dados sigilosos, e que devem ser preservado para privacidade do cidadão trabalhador, um deles é o salário, que mesmo na declaração de renda só pode ser aberta para apresentação se solicitada pela justiça, ou pelo órgão da RF junto diretamente ao indivíduo a que pertence.
Mais uma vez temos a colocação que se quisermos transformações, devemos buscar incansavelmente mudanças, não podemos usar de armas ilícitas, pois assim nos igualamos aos demais nos corrompendo ao apoiar com a afirmação “fizeram o errado, para corrigir!”. Precisamos ser responsáveis pelos nossos atos e atitudes e se necessário responder pelos erros publicamente, pessoalmente ou judicialmente.
Não devemos ter pesar de indivíduos que julgam antecipadamente pessoas por si, (julgados, condenados e pior expostos publicamente) hoje constatamos que, mesmo não sendo responsáveis por atos, são responsáveis pela forma de sua exposição, ou tão somente pela omissão ao fechar os olhos ou cruzar os braços.
Incitar o criminoso agindo como outros criminosos, mostra o desequilíbrio (emocional) comunitário a que chegamos, sejam tanto pela falta de visibilidade, como de amparo. Entendo o motivo pelo qual foi feito, mas não compreendo porque reverter isso. Agora do fato já consumado é assumir a obra e levá-la a diante, com toda a dignidade e moral necessária para assumir um erro, justificar que foi diante de tanta injustiça, que desta se fomentou o desespero, e como qualquer ato assim, foi feito erroneamente na tentativa de justificar a correção.
Infelizmente os fins, não justificam os meios ILICITOS que utilizamos para alcançar um objetivo. Sabemos que todos os sentimentos bons e ruins são características de pessoas equilibradas ou não, mas a obsessão é uma forma de psicopatia. Temos que nos proteger para não surtarmos e perdemos a razão, o certo e errado.
Apesar de todas as pré-conceituações que recebemos, esperamos que tudo se resolva no âmbito legal, pois é por ela e sua aplicação que tanto reivindicamos em nosso Município. Somos responsáveis por nossos atos, devemos responder por eles, mas não devemos compactuar quando estes não são lícitos.

Ana Paula de Carvalho, membro do movimento LUTO por Maricá.

PS: Ressaltando que cabe a divulgação de informações sobre cargos e salários, numa listagem dos funcionários, mas não é ético expor individualmente e nominativamente seus proventos, pode até ser legal a publicação de uma listagem completa, mas é imoral e perigosa já que existem muitos bandidos na internet, que certamente farão uso dessas informações contra seus titulares.

Fazendo minhas as palavras da companheira de lutas Ana Paula, em certo momento, quando da inauguração da ampliação da estação da CEDAE no Flamengo, e que haveria uma manifestação onde o prefeito seria recebido com vaias e apitos (coisa que não aconteceu em momento nenhum), relatamos tudo o que aconteceu durante a inauguração, pois estávamos lá, enquanto outros "blogueiros" que nem por telefone estiveram pegando informações colocaram que o prefeito foi recebido com muitas vaias.
Poderia até ter sido odesejo de todos nós, mas não o fato não aconteceu. Então por que mentir? Por que inventar?
Jornalismo é coisa séria, não deve ser passional e hoje, com o advento da internet onde "qualquer" escreve e posta o que quer, ficamos a mercê de mentiras, ou inverdades que não acrescentam nada, muito pelo contrário, só prejudicam.
Pery Salgado, membro do movimento Luto por Maricá

terça-feira, 22 de março de 2011

OBAMA NO BRASIL


Íntegra do discurso do presidente Barack Obama no Theatro Municipal do Rio - 20/03/2011

"Olá, Rio de Janeiro! Alô, Cidade Maravilhosa! Boa tarde, todo o povo brasileiro! (aplausos).

Desde o momento em que cheguei, o povo desta nação mostrou gentilmente à minha família o calor e a generosidade do espírito brasileiro. Obrigado. thank you! (aplausos), Quero fazer um agradecimento especial a todos vocês por estarem aqui, porque me disseram que vai haver um jogo de futebol do Vasco. (aplausos e vaias) e Botafogo... (risos). Então eu sei que... eu percebo que os brasileiros não desistem muito facilmente do seu futebol (risos).Agora, uma de minhas primeiras impressões do Brasil foi um filme que eu vi com minha mãe quando era muito novo, um filme chamado Black Orpheus (Orfeu Negro), que é ambientado nas favelas do Rio de Janeiro durante o Carnaval. E minha mãe adorou esse filme, com seus cantos e danças contra o pano de fundo dos lindos morros verdes. E ele teve a sua estreia como peça bem aqui no Theatro Municipal. Foi o que entendi.

E minha mãe já se foi, mas ela jamais teria imaginado que a primeira viagem de seu filho ao Brasil seria como presidente dos Estados Unidos. Ela jamais teria imaginado isso (aplausos). E eu jamais imaginei que este país seria ainda mais belo do que era no filme. Vocês são, como cantou Jorge Ben-Jor, "um país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza" (aplausos).

Eu vi essa beleza nas colinas onduladas, nas intermináveis milhas de areia e oceano, e nos grupos vibrantes e diversificados de brasileiros que hoje aqui vieram. E nós tempos um grupo maravilhosamente misturado. Temos cariocas e paulistas, baianos, mineiros. (aplausos). Temos homens e mulheres das cidades do interior e tantas pessoas jovens aqui que são o grande futuro desta grande nação.

Agora, ontem, eu me reuni com sua maravilhosa nova presidente Dilma Rousseff, e nós conversamos sobre como podemos fortalecer a parceria entre nossos governos. Mas hoje, que quero falar diretamente ao povo brasileiro sobre como podemos fortalecer a amizade entre nossas nações. Eu vim aqui para partilhar algumas ideias porque quero falar dos valores que partilhamos, as esperanças que temos em comum e a diferença que podemos fazer juntos.

Quando se pensa nisso, as jornadas dos Estados Unidos da América e do Brasil começaram de maneiras parecidas. Nossas terras são ricas pela criação de Deus, lar de povos antigos e indígenas. De além-mar, as Américas foram descobertas por homens que buscavam um Novo Mundo, e colonizadas por pioneiros que avançaram para Oeste, cruzando vastas fronteiras. Nós nos tornamos colônias reivindicadas por coroas distantes, mas logo declaramos nossa independência. Depois recebemos ondas de imigrantes em nossas praias, e, por fim, depois de uma longa luta, limpamos a mancha da escravidão de nossa terra.

Os Estados Unidos foram a primeira nação a reconhecer a independência do Brasil, e a estabelecer um posto avançado diplomático neste país. O primeiro chefe de Estado a visitar os Estados Unidos foi o líder do Brasil, dom Pedro II. Na Segunda Guerra Mundial, nossos bravos homens e mulheres combateram lado a lado pela liberdade. E após a guerra, ambas nossas nações lutaram para alcançar as bênçãos plenas da liberdade.

Nas ruas dos Estados Unidos, homens e mulheres marcharam e sangraram, e alguns morreram para que cada cidadão pudesse desfrutar das mesmas liberdades e oportunidades - independentemente da aparência de cada um, do lugar de onde viesse. No Brasil, vocês lutaram contra duas décadas de ditaduras pelo mesmo direito de ser ouvidos - o direito de não ter medo, de não passar necessidades. E contudo, durante anos, a democracia e o desenvolvimento demoraram a deslanchar e milhões sofreram em consequência disso.

Mas eu venho aqui hoje porque esses dias passaram. O Brasil é hoje uma democracia florescente - um lugar onde as pessoas são livres para dizer o que pensam e escolher seus líderes, onde um menino pobre de Pernambuco pode ascender do chão de uma fábrica de cobre ao mais alto cargo no Brasil.

Na última década, o progresso alcançado pelo provo brasileiro inspirou o mundo. Mais da metade desta nação é hoje considerada de classe média. Milhões saíram da pobreza. Pela primeira vez, a esperança está voltando aos lugares onde o medo prevaleceu por muito tempo. Eu vi isto hoje quando visitei a Cidade de Deus - a "City of God"... (aplausos). Não se trata apenas de novos esforços de segurança e programas sociais - e eu quero cumprimentar o prefeito e o governador pelo excelente trabalho que estão fazendo (aplausos) Trata-se também uma mudança de atitudes. Como disse um jovem morador, "as pessoas precisam olhar as favelas não com piedade, mas como uma fonte de presidentes, e advogados, e médicos, e artistas (e) pessoas com soluções (aplausos)."

A cada dia que passa, o Brasil é um país com mais soluções. Na comunidade global, vocês foram de depender da ajuda de outros países a ajudarem agora a combater a pobreza e a doença onde elas existirem. Vocês jogam um importante papel nas instituições globais que protegem nossa segurança comum e promovem nossa prosperidade comum. E vocês receberão o mundo em suas praias quando a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos vierem para o Rio de Janeiro (aplausos).

Agora, vocês devem estar sabendo que esta cidade não foi minha primeira escolha para a Olimpíada (risos). Mas já que os Jogos não puderam ser realizados em Chicago, não há nenhum lugar onde eu mais gostaria de vê-los do que aqui no Rio. E pretendo voltar em 2016 para assisti-los (aplausos).

Durante muito tempo, o Brasil foi um país transbordando potencialidades, mas contido pela política, tanto de dentro como do exterior. Durante muito tempo, vocês foram chamados de um país do futuro. O povo do Brasil deve saber que o futuro chegou. Ele está aqui agora. E é hora de agarrá-lo (aplausos).

Agora, nossos países nem sempre concordaram em tudo. E assim como muitas nações, vamos ter nossas diferenças de opinião no futuro. Mas eu estou aqui para lhes dizer que o povo americano não só reconhece o sucesso do Brasil - nós somos solidários com o sucesso do Brasil. Enquanto vocês enfrentam muitos desafios que ainda têm em casa e também no exterior, fiquemos juntos - não como sócios maior e menor, mas como parceiros iguais, unidos num espírito de interesse mútuo e respeito mútuo, comprometidos com o progresso que eu sei que podemos fazer juntos (aplausos). Estou seguro de que podemos fazê-lo (aplausos).

Juntos podemos avançar nossa prosperidade comum. Como duas das maiores economias do mundo, trabalhamos lado a lado durante a crise financeira para restaurar o crescimento e a confiança. E para manter nossas economias crescendo, sabemos o que é necessário em ambas nossas nações.

Precisamos de uma força de trabalho habilidosa, educada - razão porque companhias americanas e brasileiras prometeram ajudar a aumentar os intercâmbios de estudantes entre nossos dois países, Precisamos de um compromisso com inovação e tecnologia - razão porque acertamos expandir a cooperação entre nossos cientistas, pesquisadores e engenheiros.

Precisamos de uma infraestrutura de classe mundial - razão porque companhias americanas podem ajudar vocês a construir e preparar esta cidade para o sucesso olímpico. Numa economia global, os Estados Unidos e o Brasil devem expandir o comércio, expandir o investimento, para que criemos novos empregos e novas oportunidades em ambas nossas nações. E essa é a razão porque estamos trabalhando para derrubar as barreiras para fazer negócios.

Essa é a razão porque estamos estreitando as relações entre nossos trabalhadores e nossos empresários. Juntos podemos também promover a segurança energética e proteger nosso belo planeta. Como dois países que estão comprometidos com economias mais verdes, sabemos que a solução final para nossos desafios energéticos está na energia limpa e renovável. E é por isso que metade dos veículos deste país podem rodar com biocombustíveis, e maior parte de sua eletricidade vem da energia hidrelétrica. É também por isso que, nos Estados Unidos, aceleramos o início de uma nova indústria de energia limpa. E é por isso que Estados Unidos e Brasil estão criando novas parecerias energéticas - para compartilhar tecnologias, criar novos empregos, e deixar para nossos filhos um mundo mais limpo e mais seguro do que o que encontramos (aplausos).

Juntos, nossos dois países também podem ajudar a defender a segurança de nossos cidadãos. Estamos trabalhando juntos para acabar com o narcotráfico que destruiu tantas vidas neste hemisfério. Buscamos o objetivo de um mundo sem armas nucleares. Estamos trabalhando juntos para melhorar a segurança nuclear em nosso hemisfério.

Da África ao Haiti, estamos trabalhando lado a lado para combater a fome, as doenças e a corrupção que podem degradar uma sociedade e privar seres humanos de dignidade e oportunidade (aplausos).

E como dois países que foram extremamente enriquecidos por nossa herança africana, é absolutamente vital que trabalhemos com o continente da África para ajudá-lo a se erguer. Isso é algo que devemos nos comprometer a fazer juntos (aplausos).

Hoje, estamos ambos dando ajuda e apoio ao povo japonês em sua hora de maior necessidade. Os laços que unem nossas nações ao Japão são fortes. No Brasil, vocês abrigam a maior população japonesa fora do Japão. Nos Estados Unidos, nós forjamos uma aliança de mais de 60 anos. O povo do Japão é um de nossos amigos mais próximos e nós rezaremos com eles, e ficaremos com eles e reconstruiremos com eles até essa crise passar (aplausos).

Nesses e outros esforços para promover a paz e a prosperidade em todo o mundo, os Estados Unidos e o Brasil são parceiros não só porque partilhamos história, não só porque estamos no mesmo hemisfério, não só porque temos laços comerciais e culturais, mas também porque partilhamos certos valores e ideias duradouros.

Ambos acreditamos no poder e na promessa da democracia. Acreditamos que nenhuma outra forma de governo é mais efetiva para promover o crescimento e a prosperidade que atinjam cada ser humano - não apenas alguns, mas todos. E os que pensam diferente, os que pensam que a democracia é um obstáculo ao progresso econômico, precisam discutir o exemplo do Brasil.

Os milhões que este país tirou da pobreza para a classe média, ele não poderia ter feito isso numa economia fechada controlada pelo Estado. Vocês estão prosperando como um povo livre com mercados abertos e um governo que responde a seus cidadãos. Vocês estão provando que o objetivo da justiça social e da inclusão social pode ser melhor alcançado pela liberdade - que a democracia é a maior parceira do progresso humano (aplausos).

Nós acreditamos também que em nações tão grandes e diversas como as nossas, moldadas por gerações de imigrantes de todas as raças, e fés, e antecedentes, a democracia oferece a melhor esperança de que cada cidadão seja tratado com dignidade e respeito, e que podemos resolver nossas diferenças pacificamente, que encontramos força na nossa diversidade.

Conhecemos essa experiência nos Estados Unidos. Sabemos como é importante sermos capazes de trabalhar juntos - mesmo quando com frequência discordamos. Eu compreendo que nossa forma escolhida de governo pode ser lenta e confusa. Nós compreendemos que a democracia precisa ser constantemente fortalecida e aperfeiçoada com o tempo.

Sabemos que países diferentes têm caminhos diferentes para realizar a promessa de democracia. E compreendemos que nenhuma nação pode impor sua vontade a outra. Mas sabemos também que existem certas aspirações partilhadas por cada ser humano: todos buscamos ser livres. Todos buscamos ser ouvidos. Todos ansiamos por viver sem medo ou discriminação. Todos ansiamos por escolher como seremos governados. E todos queremos moldar nossos próprios destinos. Esses não são ideais americanos ou ideais brasileiros. Esses não são ideais ocidentais, Esses são direitos universais, e nós precisamos apoiá-los por toda parte. (aplausos).

Hoje, estamos vendo a luta por esses direitos se estender pelo Oriente Médio e o Norte da África. Vimos um revolução brotar de um anseio por dignidade humana básica na Tunísia. Vimos manifestantes pacíficos afluírem para a Praça Tahrir - homens e mulheres, jovens e velhos, cristãos e muçulmanos. Vimos o povo da Líbia tomar uma posição corajosa contra um regime determinado a brutalizar seus próprios cidadãos. Por toda a região, vimos jovens se erguerem - uma nova geração exigindo o direito de determinar seu próprio futuro. Desde o começo, deixamos claro que a mudança que eles buscam deve ser impulsionada por seu por próprio povo. Mas para nossos dois países, para os Estados Unidos e o Brasil, dois países que lutaram durante muitas gerações para aperfeiçoar suas democracias, os Estados Unidos e o Brasil sabem que o futuro do mundo árabe será determinado por seu povo.

Ninguém pode dizer com certeza como essa mudança terminará, mas eu sei que a mudança não é uma coisa que devemos temer. Quando jovens insistem em que as correntes da História estão em movimento, os ônus do passado pode ser varridos. Quando homens e mulheres exigem pacificamente seus direitos humanos, nossa humanidade comum é fortalecida.

Sempre que a luz da liberdade é acesa o mundo se torna um lugar mais brilhante. Esse é o exemplo do Brasil. Esse é o exemplo do Brasil (aplausos). O Brasil, um país que mostra que uma ditadura pode se tornar uma florescente democracia. O Brasil, um país que mostra que a democracia proporciona liberdade e oportunidade a seu povo. O Brasil, um país que mostra como um apelo à mudança que começa nas ruas pode transformar uma cidade, transformar um país, transformar um mundo.

Décadas atrás, foi exatamente fora deste teatro, na Praça da Cinelândia, que o apelo por mudança foi ouvido no Brasil. Estudantes e artistas, e líderes políticos de todos as correntes se reuniram com bandeiras e disseram, "abaixo a ditadura, o povo no poder". Suas aspirações democráticas só foram concretizadas anos mais tarde, mas uma das jovens brasileiras no movimento daquela geração seguiria em frente para mudar para sempre a história deste país .

Filha de um imigrante, sua participação no movimento levou à sua detenção e à sua prisão, à sua tortura nas mãos de seu próprio governo. E portanto ela sabe como é viver sem os direitos humanos mais básicos pelos quais tantos estão lutando hoje em dia. Mas ela sabe também o que é perseverar. Ela sabe o que é superar - porque hoje essa mulher é a presidente de sua nação, Dilma Rousseff (aplausos).

Nossos dois países enfrentam muitos desafios. No futuro, nós certamente encontraremos muitos obstáculos. Mas no fim, é nossa história que nos dá a esperança de um futuro melhor. É o conhecimento de que os homens e mulheres que vieram antes de nós triunfaram sobre desafios maiores do que esses - que vivemos em lugares onde pessoas comuns fizeram coisas extraordinárias.

Foi esse senso de possibilidade, esse senso de otimismo que primeiro atraiu pioneiros para este Novo Mundo. É isso que une nossas nações como parceiras neste novo século. É por isso que acreditamos, nas palavras de Paulo Coelho, um dos seus mais famosos escritores, "com a força de nosso amor e de nossa vontade, mudaremos nosso destino, assim como o destino de muitos outros".

Muito obrigado. Thank you. E que Deus abençoe nossas duas nações. Muito obrigado (aplausos)."
Tradução de Celso M. Paciornik

segunda-feira, 21 de março de 2011

MALANDRO OU ZÉ MANÉ?

Ó pai, ó!
Ricardo Noblat
- E Lula, hein? Foi o único ex-presidente que recusou o convite de Dilma para almoçar com Obama. Malandro ou Zé Mané?

Maria Bethânia criará um blog para disseminar poesia de boa qualidade? Ótimo! O blog custará pouco mais de R$ 1.350 mil para se manter durante um ano? Problema dela! Bethânia embolsará R$ 50 mil mensais para declamar um poema por dia? Sortuda! O dinheiro será arrecadado junto a empresas que depois o abaterão do seu Imposto de Renda? Êpa!

Existe uma lei de nome Rouanet aprovada pelo Congresso no final de 1991. Ela permite às empresas aplicarem em projetos culturais até 4% do que pagariam de Imposto de Renda, e às pessoas físicas até 6%. A maior parte da clientela da lei difunde a ideia de que é privado o dinheiro destinado a financiar projetos.

Mentira! Na verdade, o governo abdica de receber uma parcela de impostos para que a cultura floresça entre nós. A intenção inegavelmente é boa. No mais quase tudo é ruim. Onde já se viu dinheiro público escapar ao controle do governo? Aqui é o que ocorre na prática.

Uma vez autorizada a arrecadação de recursos, o negócio passa a ser tratado entre artistas, produtores e suas eventuais fontes de financiamento. Na maioria das vezes o processo é nebuloso. O governo limita-se a receber depois a prestação de contas. Está para existir no mundo civilizado um modelo sequer parecido com esse.

Não pense que é pouco o dinheiro envolvido em transações por vezes tenebrosas. Em 2003 foram R$ 300 milhões. Seis anos depois, R$ 1 bilhão. Cerca de 80% do orçamento do Ministério da Cultura para este ano derivam de impostos que o governo deixará de recolher. O que sobra é uma titica.

A Polícia Federal produziu no ano passado um relatório sigiloso sobre projetos tocados adiante com base na Lei Rouanet. Pelo menos 30% do dinheiro que empresas dizem ter investido em projetos foram devolvidos para elas por debaixo do pano. Devolvidos por quem? Pelos arrecadadores com a cumplicidade de artistas.

Autoridades e artistas enchem a boca quando falam sobre uma política nacional de cultura. Sinto muito, mas não há política – primeiro porque falta dinheiro para outras coisas, segundo porque uma política nacional de cultura teria que ser definida pelo governo depois de consultas à sociedade.

Contudo, por obra e graça dos mecanismos e da ausência de critérios da Lei Rouanet, são os departamentos de marketing das empresas que definem a “política nacional de cultura”. Os responsáveis por tais departamentos escolhem os projetos a serem contemplados com um dinheiro que é do governo. E quem mais lucra?

As empresas, que associam sua imagem à imagem de artistas famosos. Os intermediários entre as empresas e os artistas. E os artistas. Entre pôr dinheiro numa orquestra juvenil da periferia de Fortaleza ou num show de Ivete Sangalo, você imagina qual será a escolha de uma empresa?

E o dinheiro que elas economizam com publicidade? Numa recepção, há dois anos, sem se dar conta da presença de Millú Villela, uma das donas do Banco Itaú, o então presidente Lula comentou numa roda de amigos: “O Itaú faz a maior propaganda dele mesmo com dinheiro de renúncia fiscal”. Millú foi embora aborrecida.

O finado Banco Santos patrocinou em 2009 a exposição de exemplares do exército de terracota desencavado na China. Para celebrar a proeza, publicou páginas de anúncios em revistas e jornais exaltando a contribuição da iniciativa privada à cultura nacional. Tudo pago via Lei Rouanet.

Apenas 3% dos que apresentam projetos ao Ministério da Cultura ficam com mais da metade do dinheiro atraído pela lei. Mais da metade do dinheiro banca projetos nascidos no eixo Rio-São Paulo. Fora do eixo, deu a entender certa vez o produtor paulista Paulo Pélico, “o resto é bumba-meu-boi”.

A presidente Dilma Rousseff está disposta a acabar com a farra feita com o nosso dinheirinho. A Lei Rouanet dará lugar a outra que já tramita no Congresso. Anotem desde já: será ensurdecedora a chiadeira dos viciados em dinheiro público.

FONTE: O GLOBO em 21/03/2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

POVO QUER TIRAR PREFEITO PETISTA

MOVIMENTO LUTO POR MARICÁ SE SOLIDARIZA COM POVO DE TERESÓPOLIS
Com 2 meses da calamidade que assolou a Cidade e diante a morosidade do executivo e a complacência do legislativo, os moradores de Teresópolis estão nas ruas exigindo a saída do prefeito (PT) e dos vereadores.

Confira acessando
http://bananapeople.wordpress.com/2011/03/16/574/
http://www.jornalfloripa.com.br/Brasil/index.php?pg=not%EDcia&id=4563 (atenção: este link não está funcionando com perfeição. Ao clicá-lo, ele irá direcionar para a página principal do Jornal Floripa. A notícia sobre Teresópolis está na página 5. Afim de ajudar nossos leitores, estamos reproduzindo abaixo a notícia veiculada no Jornal Floripa)


Manifestantes em Teresópolis pedem a saída do prefeito

Cerca de 300 pessoas fecharam nesta terça-feira a principal rua de Teresópolis, protestaram em frente à prefeitura e à Câmara Municipal, pedindo a saída do prefeito, Jorge Mário Sedlacek (PT).

A Força Nacional, presente na região serrana do Rio desde a tragédia das chuvas de janeiro, que matou cerca de 900 pessoas, utilizou bombas de efeito moral para tentar controlar a população.

Não houve feridos nem presos. A vidraça da entrada da Câmara Municipal foi quebrada. Até as 20h manifestantes ainda permaneciam na porta da Câmara vaiando os parlamentares e com gritos de ordem pedindo a saída do prefeito.

O movimento queria que os vereadores votassem o pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) entregue ontem para a investigação de uma série de contratações feitas sem licitação --o que é permitido quando há a decretação do estado de emergência, caso da cidade após as chuvas.

De acordo com os manifestantes, há indícios de corrupção nos contratos assinados após as enchentes.

"Uma vídeo locadora, por exemplo, com capital social registrado em R$ 80 mil e com sede num apartamento residencial se transformou numa empresa de engenharia que fechou contratos de aluguel de máquinas e caminhões por R$ 3,5 milhões", disse um dos manifestantes, o radialista Marcos Vinicius Ramos.

Sedlacek não foi encontrado para comentar as acusações. De acordo com aliados, ele estaria fora da cidade.

O movimento juntou grupos sociais e políticos, que protestavam também contra o sistema de distribuição de cestas básicas, a falta de pagamento de aluguel social, os buracos nas ruas da cidade, e vários outros problemas.


ACORDA MARICÁ!!!


Veja outros links sobre o assunto:


http://direitabeminformada.blogspot.com/2011/03/manifestantes-em-teresopolis-pedem.html
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/moradores-de-teresopolis-protestam-e-pedem-saida-de-prefeito-20110315.html
http://bit.ly/fcWeOH
http://bit.ly/fhFVte
http://bit.ly/efOkm1
http://www.teresopolisjornal.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8868:manifestantes-pressionam-vereadores-e-pedem-afastamento-de-jorge-mario&catid=1:geral&Itemid=26
http://intertvonline.globo.com/rj/noticias.php?id=15072

Carta de solidariedade ao Povo de Teresópolis

Maricá, 16 de março de 2011.

Aos moradores de Teresópolis,

Saudações!

Em nome do Movimento popular apartidário LUTO por Maricá queremos estender nosso abraço fraterno em solidariedade às vítimas da torrente que trouxe destruições e mortes, assim como nos sensibilizamos aos manifestantes de ontem, que com muita garra e disposição recorram ao seu direito de cidadania e constitucional de se manifestarem de maneira civilizada.

Somos solidários a todas as lutas de comunidades, populares e Municípios do estado do Rio de Janeiro assim como tantos outros do Brasil que contra tudo se expõem ao denunciarem as autoridades públicas municipais, estaduais e federais, mesmo diante ás ameaças, impunidades e omissões destes.

Acompanhamos com ansiedade e apreensão para que consigam tudo aquilo que estão reivindicando, até porque de maneira semelhante aqui em nosso Município também vivemos momentos políticos delicados, mas ainda impotentes diante de tanta incompetência e corrupção declaradamente aberta, onde não encontramos amparo declarado nem na pessoa do Governador do Estado, como nos partidos detentores da gestão municipal.

Devemos exigir uma atuação integrada entre nossos municípios para a transparência e urgência de atos. Não devemos aceitar jamais a inércia e inoperância seja de quem for, diante os fatos, não nos permitindo as intimidações e ameaças. Chamando assim a atenção para a responsabilidade do Poder Público em todas suas esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário), que devem se pronunciar apresentando seus posicionamentos diante as reivindicações populares.

Mais uma vez, é urgente a intervenção do Governo do Estado na tarefa de integrar os municípios diante a constatação da incompetência da gestão municipal lembrando a todo instante que para ordem e legitimidade deve sempre ser respeitado o princípio básico do Estado Democrático de Direito, a defesa da vida, da liberdade e acima de tudo a dignidade humana.

A sociedade necessita de uma resposta enérgica e eficaz não só em relação à proteção destas lideranças e parlamentares, bem como a punição daqueles que utilizam da intimidação, força e repressão como forma de fazer frente á constituição desrespeitando-as.

Colocamo-nos á disposição diante a todos esses acontecimentos, sendo solidários e partidários destas causas nobres que são o direito de ir e vir, de residir e ter a dignidade de caminhar com a cabeça erguida diante da adversidade do tempo e da natureza. Somos Brasileiros e como tal devemos ser tratados. Quando baixamos a cabeça para a impunidade estamos vendendo não só o país, que tanto amamos, como nossas almas para políticos que nos roubam na claridade do dia, como quem passa despercebida.

Devemos tirar deste evento triste e inesperado a lição de que não nos calaremos sob hipótese nenhuma, e que deixem seus cargos ou venham a publico sem darem explicações. A dor que nos atinge tem a mesma intensidade dentro de nossos corações e mentes, que ao contrário do caso serrano apesar das perdas humanas, tivemos uma incoerente perda moral acentuada por uma gestão incapaz sequer de cumprir com o básico.

É necessário que, neste momento, toda a população de cada um destes municípios acreditem que cada individuo possa fazer diferença ao coletivo e que isto está intrínseco na nossa sobrevivência como cidadãos, com respeito e transparência.

Sendo assim, nós do Movimento LUTO por Maricá, mais uma vez reiteramos, por meio desta Carta, o convite a todos os simpatizantes, militantes, lideranças e população de Maricá, Teresópolis e demais municípios a participar ativamente deste processo democrático, não apenas como expectadores, mas como cidadãos influentes e responsáveis pelo futuro de nossas cidades.

Disseminemos tais ideais, chamem seus amigos, escrevam às autoridades e expressem a sua vontade. É dever ter em mente que o O Brasil, quando se trata do interesse e participação da sociedade nas questões e ações de gestão pública, ocupa o último lugar entre países latino-americanos, como aponta recente pesquisa realizada pelo movimento Voto Consciente e Rede Interamericana de Democracia.

Vamos mudar essa realidade, com o exercício da cidadania diariamente.

Por fim, queremos exortar a todos para que façam o máximo de esforço em seus municípios, apoiando estes abnegados companheiros de luta, que gostariam de ver abertas a possibilidade de um novo futuro de paz e harmonia, para estes e todas as outras cidades do nosso país.

Querer é Poder, Só não Faz quem Não quer, Só não Tem Poder quem nunca Lutou ou abraçou uma causa digna de luta!

Ana Paula Carvalho

MOVIMENTO LUTO POR MARICÁ


sábado, 12 de março de 2011

A ESTRÉIA DO PROF. ADILSON PEREIRA NO LUTO POR MARICÁ


É ilegal, é imoral ou engorda?
Prof. Adilson Pereira
- Funcionário Público Federal.
- Prof de química e refino de petróleo.
- Vice-presidente da Assoc. de Morad. de Araçatiba/AMAR.
- Coord. da Agenda 21 de Maricá.
- Membro do Cons. Comunitário de Maricá/CCM


Há meses, uma reunião em Itaipuaçu evidenciou pastores evangélicos oferecendo seus préstimos em troca da criação do “Conselho dos Pastores”. Entre outras atribuições, o tal Conselho garantiria a participação dos líderes religiosos no Orçamento Municipal de 2011, proposto pelos próprios, segundo postagem no site da prefeitura. Após nossa matéria, sob o tema: “Conselho dos Pastores: prioridade ou oportunismo?”, o assunto foi intensamente abordado pela sociedade.
À época, fui procurado por líderes e membros de diversas denominações religiosas que apresentaram as mais variadas opiniões, com indignação de ampla maioria, mostrando quão complexa era a questão. As divergências foram tantas, que a polêmica ainda persiste.
O assunto voltou à tona quando um jornal local noticiou que a prefeitura teria patrocinado a virada de ano em determinadas igrejas, com direito até a funk gospel, chegando à cifra de R$ 12 mil, provenientes dos cofres públicos. Na tentativa de criação do “Conselho dos Pastores”, o questionamento baseava-se na “moralidade” do ato, considerando a ligação política x religião. Agora, as dúvidas pairam sobre a “legalidade” da situação. Vejamos o que diz a Lei Orgânica de Maricá:
Art. 52 - Ao Município é vedado:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, tratá-los em desigualdade, privilegiando alguns, embaraçar-lhe o funcionamento ou manter com eles, ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
O Ministério Público nos responderá qual a colaboração de interesse público, na forma da lei, dos R$ 12 mil à virada de ano de instituições religiosas escolhidas a dedo.
Semanas depois, novas reuniões foram protagonizadas entre o alcaide e líderes evangélicos. Considerando ser muito mais fácil esconder-se atrás de um discurso eloquente do que assumir com honestidade seus atos e suas responsabilidades sociais, alguns se apressaram em afirmar que o objetivo era apenas fornecer “orientação espiritual” às decisões governamentais. Pessoalmente, não acredito na necessidade de orientação espiritual para que a verba da saúde seja aplicada na saúde, nem para que a verba da educação seja aplicada na educação. O que precisa é de vergonha na cara e respeito com o dinheiro público.
Em determinado momento, alguns discípulos de Cristo debateram sobre quem merecia, entre eles, a posição de maior destaque. Dois mil anos depois, muitos líderes cristãos ainda fazem manobras em busca de posição e proeminência na igreja, nas denominações religiosas e nas “organizações político-eclesiásticas”. O apóstolo Paulo pedia atenção ao tema quando afirmou que “se ainda estivesse procurando agradar a homens, não mais seria servo de Cristo”. Pegando carona nesta ideia, presenciamos denominações cristãs elaborando seminários que nos ensinam a liderar, mas nunca elaboraram seminários que nos ensinam a servir, deixando dúvidas sobre o verdadeiro propósito cristão. O conceito de “Liderança Baseada no Serviço” (Servant Leadership) mostra que as grandes oportunidades estão normalmente camufladas em tarefas menores. O maior líder não é aquele capaz de governar o mundo, mas o que é capaz de governar a si mesmo.
Será que presenciaremos pastores concorrendo a cargos eletivos na mesma chapa de cachaceiros e macumbeiros, como grandes e velhos parceiros? Será que veremos pastores sendo “presenteados” por autoridades públicas, em troca de apoio político, descaracterizando por completo o sentido e “a alegria de ser igreja”? A desilusão com alguns que se dizem líderes é uma realidade, destruindo nossas falsas expectativas de perfeição e confirmando que não há nenhum justo sobre a terra, nenhum sequer. É triste constatar que, no rebanho de Deus, as maiores feridas sejam causadas pelos que se dizem ovelhas, e não pelos lobos. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vem até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Sugiro a leitura de “Ez 34:1-10”.
Talvez eu esteja completamente enganado. Esta união pode ser puramente por desapego à discriminação. Cristo deixava claro seu apelo à igualdade social jantando na casa de coletores de impostos, a “raça” mais odiada pela cúpula judaica (qualquer semelhança com Maricá é mera coincidência).
A integridade é construída quando derrotamos a tentação da desonestidade. Não podemos evitar que os pássaros voem sobre nós, mas podemos evitar que façam ninho em nossas cabeças. Invariavelmente, o que começa como uma ideia, termina como uma conduta.
Pai, perdoa-os... Eles "sabem" o que fazem.

quarta-feira, 9 de março de 2011

FELIZ TODO DIA DAS MULHERES

A amiga leitora pensou que o Barão de Inohan esqueceu o dia 08 de março?
Claro que não!
Na verdade, nós lembramos do dia 09 de março, 10 de março, 25 de abril, 11 de maio, 31 de julho, 03 de setembro, 31 de dezembro ...

CARNAVAL 2011 - DO LUXO AO LIXO

Carnaval de Maricá, do Luxo ao Lixo!

Até aos finais dos anos 80, este município, era considerado uma região praiana comparável a Búzios e com construções de casas de veraneio sofisticadas, hoje tenho muita pena da infância que já conta com falta de preparo social e funcional da cidade. Lembro em minha infância ir aos clubes, brincar o carnaval, levada pelos meus pais que se sentavam em mesas, muitas vezes compradas com antecedência para nos ensinarem o comportamento que os seus pais, meus avôs lhes haviam também ensinado. Enquanto se socializavam com vizinhos e conhecidos, vivíamos um carnaval muito distante destes visto na televisão e nas ruas o qual não censuro pelos tempos que atravessamos, mas também não apoio por entender que não trazem valor cultural agregado.

No entanto, o retrato de Maricá/RJ, é uma cidade em que desembarcam os forasteiros menos preparados, os predadores, aqueles que não consomem, querem aproveitar tudo e deixam o lixo em local indevido. Não esquecendo que nem sequer usam pousadas (pois não tem recursos para isto), acampam em faixa marginal de lagoa, área protegida, tomam banho, defecam e comem por ali. Um conjunto de cabanas, tendas e caminhões (até mesmo carro-pipa) se instalam nestes locais, providencialmente queimados dias anteriores, por agentes disfarçados, mas depois que escutei que até vereador iria acampar entorno da lagoa (repito não é permitido por lei), vêem aqui um anarquismo propício a este tipo de comportamento.

Se a prefeitura e seus representantes o fazem porque não fazemos igual ou pior? O turista é o reflexo daquilo que é oferecido, se não temos nada, somente os miseráveis (nem que sejam só de espírito) é que estarão por aqui. Se oferecermos locais limpos, conservados e demais necessidades de infra-estrutura, teremos um turista diferencial e oportuno, e assim os outros nem perto passam, hoje só estão aqui por que vislumbram o oportunismo até mesmo financeiro.
Durante um passeio de fim de semana optamos seguir pela estrada de Jaconé, passando por Ponta Negra, na ida vi cenas deprimentes e acampamentos desordenados em áreas irregulares (até porque aqui em Maricá, não existem um campings próximos às orlas em áreas delimitadas com sistema de estacionamento, luz, água, sanitários e refeitório), lixo e desordem. Imagem que muda significativamente ao sairmos da Cidade, no retorno, refizemos o mesmo caminho, e ficamos parados sobre a ponte do canal que liga Ponta Negra á orla, diante de obscenidades, desordem, sujeira, comércio ilegal e tantas outras coisas. Muitos destes vieram destas barracas de acomodação e provavelmente nunca retornarão, sem referência, sem contato, completamente anônimos, que também jamais saberemos de onde vieram, suas histórias e para onde irão.

Em algum momento nós tendemos a ser solidários, arriscando nossas próprias vidas, ou seremos vândalos demais, numa debandada humana como num arrastão, sem temer sanções. Em ambos os casos sentem-se encorajados porque pensam que as outras pessoas na multidão provavelmente irão apoiar seus comportamentos, e até mesmo aplaudir. Deveria haver policiamento, guardas de transito entre outros serviços de ordenamento público em eventos como estes que são públicos e esperados, isto faz parte de um planejamento prévio e qualificado para estruturação de qualquer ação em que multidão seja mobilizada. Não havia apoio policial, nada neste sentido, só indivíduos protegidos por este anonimato ainda indecifrável se do bem ou do mal, talvez no liminar dos dois sentimentos, esperando somente uma fagulha para usar como ignição.
Enquanto alimentarmos e permitirmos mentiras como a do encontro de motociclistas, onde mais de 50 mil estiveram naquele local (no domingo eram aproximadamente 3 mil, se tanto) e lotaram aquele espaço restrito, se fossem 50 mil teríamos um evento de visibilidade nacional! Acredito que até a chuva tenha sido propicia, refrescando os espíritos, lavando as almas e hidratando com segurança.

Cada vez mais temos menos a oferecer aos nossos filhos, nos trancamos em nossas casas como o ultimo refúgio de nossa segurança, na esperança que passe logo, muito ao contrário do passado quando torcíamos para que se prolongasse indefinidamente, nas nos socializamos nem integramos por receio que tirem vantagens sobre nós. Certos conceitos precisamos resgatar, outros renovar, pensem nisso, que mundo estamos deixando, não para nossos filhos, mas para nossos netos?

Ana Paula de Carvalho, membro do movimento Luto por Maricá

segunda-feira, 7 de março de 2011

INVESTIMENTO MORAL

Você já pensou no que significa investir na moral?

Talvez tenha notado a grandiosidade daqueles que ficaram conhecidos na terra como agentes do bem, e tenha se achado impotente para essas grandes realizações.
No entanto, considerando que moral é a regra de bem proceder, entendemos que investir na moral pode ser mais fácil do que imaginamos, com gestos mínimos que, acumulados, resultam em grande soma.
Quando oferecemos nosso assento, no coletivo, a uma pessoa que precisa mais do que nós, estamos procedendo bem.
Quando não buzinamos e evitamos que algum enfermo ou uma criança que acaba de dormir acorde, agimos bem.
Um comentário maldoso que não levamos adiante, é bem proceder.
Um minuto de atenção a alguém que nos pede uma informação na rua, é pequena parcela de bem que estamos acumulando em nossa moralização.
Um pedaço de papel que ajuntamos na rua, fazendo com que nossa cidade fique mais limpa, é parcela de bem somada em nossa economia moral.
Quando economizamos papel higiênico, água, papel toalha, em banheiros de shoppings ou públicos, em restaurantes ou na empresa onde trabalhamos, estamos agindo no bem.
Se moral é a regra de bem proceder, sempre que procedemos bem, estamos agindo com moralidade.
E agir no bem quer dizer agir com imparcialidade, ou seja, o bem não seleciona, não discrimina, não premia, não faz concessões que o desfigurem.
As horas do dia são as mesmas para todos, mas o que cada um realiza com os minutos é que dá o tom de moralidade ou de imoralidade às ações.
Nós podemos escolher sempre o bem, mesmo nas pequenas atitudes. Isso, ao longo dos anos, nos permitirá acumular uma grande soma de valores que nos garantirá a paz de consciência.
Ao contrário, se optamos sempre pelo mal proceder, geralmente mais fácil, dando vazão ao egoísmo e ao orgulho, acumularemos imensa soma de desgostos e dissabores, tornando-nos uma pessoa amarga e infeliz.
Assim, cada instante de nossa vida é uma oportunidade de investir em nossa moralidade.
E para investir com proveito é necessário o devido esforço para orientar a nossa conduta pela razão.
Fazendo sempre uso da razão para nos conduzir as ações, teremos mais chance de lograr êxito na intenção de bem proceder.
E usar a razão com discernimento, é dar a mesma importância aos interesses de cada indivíduo que será envolvido por aquilo que fazemos.
Agindo assim seremos um agente moralizado, um agente do bem, mas um agente moral lúcido e não piegas que age mais por indução ou temor do que por convicção.
O exame sistemático de tudo o que fazemos, considerando de maneira imparcial os interesses de todos que serão afetados por nossas ações, e optando pela atitude que mais benefícios e menos prejuízos causem a todos, é ser um agente moral consciente.
Ouvir a razão, sempre, e examinar as implicações de nossas atitudes, é desejar uma sociedade melhor, mais justa e mais feliz. Ainda que isso signifique ter que rever algumas convicções prévias.
Saber a melhor maneira de viver é o grande desafio da atualidade.
Se consideramos que as mais notáveis diretrizes de bem viver, jamais superadas por quaisquer teorias, foram as do Sábio de todos os tempos, Jesus, então precisamos rever nossos conceitos.
Não fazer aos outros, o que não gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a receita para quem deseja ser um agente moral lúcido.

Fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a chave para ser um agente do bem.

Pensemos nisso!

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

URGENTE: CONVOCAÇÃO ELEITORAL DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

URGENTE – SOBRE MEIO AMBIENTE EM MARICÁ

A quem possa interessar,

Desde já devemos nos unir e mobilizar num processo de resgate de nossa dignidade, legitimação dos atos e instrumentos de gestão pública, e acima de tudo a participação popular nestes colegiados de maneira a garantir posicionamentos fielmente representativos.

Ao ler em um dos blogs na internet tive o conhecimento da Convocação Eleitoral do Conselho Municipal de Meio Ambiente, que já começa informando que é bipartite (Poder Público e da Sociedade Civil), atento que este é muito perigoso, pois eles já começam com 50% a favor deles, onde hoje verificamos que na maioria dos conselhos legítimos utilizam o tripartite (poder público, setor produtivo, entidades sociais e ambientalistas), que pode nos favorecer, pois participamos das eleições e podemos votar por aquela que acreditamos atender nossas expectativas, podendo garantir o máximo de 33% para o governo e podemos até alcançar 66% numa situação em que muitas vezes sejam de interesse deles e não do coletivo. No caso anterior poderíamos até nos identificar com tais representantes do setor produtivo, pois eles estariam nos nossos 50%, mas mesmo assim jamais conseguiríamos 51% em qualquer pleito!

Temos que atentar que a gestão em que estamos, vêm se fortalecendo pelo número de pessoas que se comprometem com o sistema, e acredito que estes já se mobilizaram na tal reunião que aconteceu sexta-feira na casa digital anuncia nos jornais locais, e que naquele encontro, coincidentemente, estiveram presente 10 moradores e os mesmos Secretários relacionados no edital (JOM 07/02/11), representantes de associação (sendo 1 do COMCID). Eles já estão se articulando! Pois são necessários 10 representantes da sociedade civil.

Precisamos também fazer a nossa reunião preparatória urgentemente, pois acredito que a divulgação às vésperas do carnaval (nem todos tem acesso ao JOM regularmente) e com data de inscrição até sexta-feira 11/03/11, é muito providencial para o governo no sentido de despistar o foco do problema! Precisamos garantir a inscrição de mais de 10 elementos das nossas organizações civis e que este processo que publicaram no JOM seja revisto como uma preparatória e façamos que aquele colegiado seja tripartite.

São três anos de mandato, e vão ao encontro de assuntos polêmicos de grandes empreendimentos, royalties e fundo de conservação ambiental, assuntos estes que até o momento não nos representam. E, é clara a intenção de excluir entidades através das exigências, e falta de divulgação.

Como mais uma vez constatado por este processo, a atual gestão prima pela falta de transparência e participação, pois já poderia existir um grupo plurissetorial e democrático que estabelecesse tais regras para formatação deste edital, principalmente no que tange á sua constituição. É primordial que este colegiado seja Tripartite (2ª. Prioridade) para que possamos garantir voz e voto.

Temos que atentar que também podem ser escolhido por votação quais são os representantes do poder público, lembrando a importância neste colegiado da participação de órgãos como a CEDAE, INEA, Comitê de Bacia Hidrográfica, que não sejam só convidados, e sim que integrem os trabalhos em nossa cidade, já que até os recursos do FUNDRHI Maricá não serão beneficiados para elaborar seus planos de saneamento, através do plano diretor de recursos hídricos da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara.

Devemos nos organizar desde já. Pois até dia 11 de março precisamos ter 10 ou mais pessoas/entidades solidárias ao trabalho transparente e competente para nossa sociedade, e garantir que no dia de 16 de março estejam presente estes 10 ou mais para votarmos naqueles que escolhemos para nos representar de fato (1ª. Prioridade). Outra possibilidade é de buscar junto á Câmara de Vereadores (como representação de Governo), que impeça diante o interesse de participação de tal colegiado, inclusive levantem a possibilidade de uma gestão mais democrática no sistema integrado Governo e demais setores, e reforço que só teremos mais representatividade, se mais pessoas nos apoiarem presencialmente no dia 16 de março às 9:00 na Casa de Cultura.

Att.
Ana Paula de Carvalho, membro do movimento popular apartidário LUTO POR MARICÁ

Observação: atento que o Sr. Tiago de Paula (Secretário Executivo do Fundo Municipal de Proteção e Conservação Ambiental de Maricá) que enviou o edital de convocação apresentou tal posicionamento no Face book conforme imagem abaixo:

QUEM NÃO QUER EMISSÁRIO, NÃO QUER OUVIR DE COMPENSAÇÃO!
QUEM QUER ESCLARECIMENTO, QUER TRANSPARÊNCIA!
NÃO ACEITAMOS NADA NA SURDINA!

Precisamos esclarecer este tema orientando e informando á população, decidir sobre este e outros grandes empreendimento é um DIREITO da comunidade! E, não de pessoas (técnicos ou não) intercederem em nosso nome em detrimento da própria desinformação que propagam

Tudo isto sem perder o foco na prioridade de fazer o Conselho de Meio Ambiente de Maricá além de legítima representação comunitária, um colegiado com princípios morais e éticos na transparência de todas e quaisquer ações em nosso Município.

Fontes:
JOM DE 07 de fevereiro de 2011 - http://www.marica.rj.gov.br/jom/jom_239.pdf
http://www.mma.gov.br/port/conama/conselhos/conselhos.cfm

sábado, 5 de março de 2011

Arrombando no Carnaval de Maricá!

Arrombando no Carnaval de Maricá!

Durante as férias de janeiro, do qual meus filhos participaram do Projeto Botinho, atividade ministrada pelo corpo de bombeiros a nível estadual com muito sucesso por mais de 50 anos, tive a oportunidade de conversar com pessoas de todas as camadas sociais. Ouvi muitos relatos de pessoas que adorariam morar aqui (sem saberem das mazelas municipais) e de outros que regularmente utilizam este hoje “balneário” como opção de lazer nas férias programadas ou sazonais.

Dentre muitos assuntos que me chamaram a atenção, um deles só ficou evidente neste momento de proximidade do Carnaval, pois até então surgia na mente como uma hipótese remota de sucesso, ainda que conceitualmente fosse plausível. Entretanto, vi uma situação no mínimo inconsistente com tudo aquilo que acredito, com a chegada desta festa que como todo o povo Brasileiro, simpatizo, não só por ser um evento de extrema exteriorização pessoal e coletiva como também pelo período de confraternização e reflexão.

Um conhecido que aluga regularmente uma casa na Barra de Maricá, já havia me confidenciado que em algum momento haveria interesse em fomentar um pequeno negócio em nosso município, ora que fiquei muito contente em saber que tal pessoa empreendedora tinha planos que se estabelecer aqui, trazendo novas aspirações e possibilidades de comércio, para um local tão combalido nos últimos anos pela concorrência desleal de camelôs e afins, subtraindo dos comerciantes já inseridos na economia local, pagadores de contribuições e empregadores regulares seus rendimentos. Esta poderia ser uma Boa Nova.

Resumidamente o fato é este; Esta pessoa conhecida, pela qual não posso deixar de ter o meu apreço, independente do incidente (acidente involuntário), ainda que venha a fazer algumas vítimas indiretas e traga transtornos à localidade, decidiu neste verão, em conformidade com os outros divisores do espaço de locação que são aproximadamente 3 a 4 famílias por a cada casa de sala dois quartos, cozinha e banheiro, mas que pelo valor de R$ 450,00 por mês torna-se uma pechincha para os seus usuários, que montaria uma barraquinha na praia!

Pois então, esta concorrência se estabelece junto aos comerciantes devidamente legalizados, uma vez que pessoas estranhas ao ambiente resolvem de forma ilegal comercializar produtos de origem duvidosa ou não, mas que não trarão receita tributária ou agregadora para que a economia seja revitalizada. Mais agravante é que sabidamente não haverá por parte dos órgãos fiscalizadores uma coibição de tal pratica, estamos com absoluta certeza entregues ao Mercado das Pulgas, Acari dos anos 80 mudou apenas de endereço, vale tudo, desde o produto roubado, que pode ter custado a vida de outra pessoa, até á água de coco bem gelada.

Assim como acontece nos grandes engarrafamentos, e sabedora de que as pessoas nunca questionam onde os ambulantes lavam as mãos após fazerem suas necessidades nas vias, já que o comercio adjacente não permite a utilização dos seus sanitários, e pegam nos gargalos dos refrigerantes e pacotes de biscoitos com o ácido úrico ou coliformes ainda ativos em suas falanges! Todos querem saber é de incentivar o comércio de rua de procedência duvidosa, acintosa, interrompendo as vias de acesso, colocando a vida de pessoas em risco até porque se expõem a riscos de todos os tipos.

Sendo assim, a finalidade é um pequeno negócio temporal (pelo período de duração) de venda na areia de todos os tipos de produto que já adquiriram em mercado do Rio de Janeiro, os quais após o consumo indiscriminado serão descartados nas nossas praias e rede de “coleta de resíduos urbanos”. Resumidamente estes “estrangeiros” estão a bem da verdade, trazendo produtos que serão consumidos pelos “turistas”, que descartarão suas embalagens como lixo o qual seremos obrigados a recolher, pagando o preço normal de tonelagem que aumentará neste período e que em contrapartida, não deixarão qualquer tipo de beneficio para o nosso município e sim a despesa de coleta e evasão de divisas!

São turistas que não consomem aqui, trazem tudo de fora, sublocam seus espaços entre famílias, se aproveitam do momento para pagar a estadia e ainda levam os recursos adquiridos para fora, não permitem o desenvolvimento do comércio local e ainda geram resíduos que serão contabilizados para os moradores, que já não possuem sequer suficiência para sua rotina. Isto é, além de não acrescentarem nada, ainda depredam o que existe. Por isto, se queremos ter a nossa economia embasada em turismo, como vemos em muitos locais, não devemos permitir esta estratégia predatória, mais impactante que muitos empreendimentos no sentido sociocultural de nossa região que se apropriam desta fragilidade administrativa em que vivemos.

Ou mudamos o conceito de turismo aqui ou passaremos a conviver com a ilegalidade em todos os segmentos, porque em algum momento as pessoas estabelecidas também irão mudar para a informalidade.

Ana Paula de Carvalho

quinta-feira, 3 de março de 2011

CARTA ABERTA AO PMDB


Carta Aberta ao PMDB

Partido do Movimento Democrático Brasileiro – Executiva Municipal

Nova Solicitação de Posicionamento Público/Partidário

Ao Exmº Presidente do PMDB Executiva Municipal
Sr. Ricardo José Queiroz da Silva

Assunto:
Nova Solicitação de Posicionamento Público do partido PMDB, na esfera administrativa do Executivo Municipal, sobre denúncias e CPIs instauradas em Maricá/RJ que visam apurar irregularidades da Prefeitura.

Justificativa:
Diante ao anúncio do Presidente da Câmara Luciano Rangel Júnior em plenária do futuro afastamento do Vereador Jorge (Castor) Luiz Cordeiro da Costa, e devido a imoralidade diante de seu voto na plenária de ontem 28/02/11, a ilegalidade de sua atitude diante do artigo 24 da Lei 9.096/95, existe a expectativa sobre o posicionamento do seu primeiro suplente e se necessário do segundo suplente, se estes averbarão em plenária conforme apresentado pela mídia local do PMDB do Executivo Municipal.



Maricá, 02 de março de 2011

Prezado Senhor,
O Movimento popular apartidário LUTO por Maricá através de seus representantes e verificando denúncias e CPIs instauradas pela Câmara de Vereadores da Cidade de Maricá e suas apurações, vêm respeitosamente solicitar o posicionamento do Partido PMDB em sua esfera executiva municipal, através de seu Presidente, para tais resultados.
Evidenciamos aqui a necessidade de o Diretório Municipal atentar ao futuro representante do PMDB naquele colegiado, seja o primeiro ou segundo suplente, que o cargo pertence ao partido político e não à pessoa física eleita ou de suplência, inclusive não pertencendo a coligação. Isto porque, a eleição para o referido cargo se dá pelo sistema proporcional, somente logrando êxito o candidato na dependência do peso eleitoral da Legenda pela qual disputa o cargo de Vereador.
Evidencio que conforme a Resolução nº 22.610/2007 sobre fidelidade partidária, a renúncia ou o afastamento do candidato eleito, deve-se obedecer ao mandato parlamentar conquistado no sistema proporcional que pertence ao partido político. Fica assim evidenciada a importância da condução ideológica e orientação de posicionamento a destes seus representantes no legislativo municipal em Maricá.
Devemos, a todo o momento, lembrar que no artigo 87º parágrafo único, do Código Eleitoral é bem claro que sem o partido, o candidato não pode concorrer nem se eleger, assim como no artigo 17, parágrafo 1º, a Constituição assegura aos partidos estabelecer normas de fidelidade e disciplina, que são indispensáveis para a legitima representação em qualquer pleito.
Não podem permitir a inércia de legislar sobre temas que interessam à ordem pública, nem mesmo a omissão diante posturas e condutas de seus filiados com representação em governo. Basta a omissão do partido do gestor executivo, que em tempo algum reconhece o erro que é esta administração. É urgente coibir agremiações partidárias, através do indivíduo que visa tão somente o próprio interesse pessoal e as conveniências políticas, inclusive do eleito, estas incluindo as benesses distribuídas por quem detém o Poder no momento.
Os partidos é que elegem um determinado número de congressistas, deputados ou vereadores, segundo o quociente eleitoral. Sendo assim, consideram-se eleitos os candidatos na ordem dos votos individuais recebidos, mas que são contados ao partido. Assim como se poderia sustentar o mandato eletivo que pertence ao povo, face ao artigo 1º em seu parágrafo único da Constituição Federal, assim como disposta no artigo 2º do Código Eleitoral onde afirma que o poder pertence ao povo, que o exerce através de seus representantes, sendo claro que o eleito seria apenas um mandatário e não o titular do direito.
Por isto, solicitamos que o eleito e seus suplentes dignifiquem suas posturas conforme diante a legenda deste partido, onde estão obrigado, moral e legalmente, a representá-la conforme a intenção da agremiação que lhe concedeu legenda. O vínculo partidário é a identidade política do candidato.
É claro no artigo 24 da Lei 9.096/95, conhecida como lei dos Partidos Políticos, onde diz que “o integrante da bancada de partido deve subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e às diretrizes” estabelecidas pela legenda. Toda a condução ideológica, estratégica, propagandística e financeira é encargo do Partido Político, sob a vigilância da Justiça Eleitoral, à qual deve prestar contas.
Vale referenciar a importância da decisão do TSE quanto à fidelidade partidária, da conseqüência aos membros dos legislativos representantes ao fortalecer os partidos políticos. Assim como a moralização das condutas, exercício legítimo e a postura do cumprimento do mandato parlamentar. Ciente que o mandato político, sendo uma delegação de poderes outorgada pelo povo, não pode ter preço ou ser comprada em troco de vantagens.
Por este motivo solicitamos respeitosamente ao PMDB, na esfera administrativa do Executivo Municipal, uma especial atenção ás denúncias e CPIs instauradas em Maricá/RJ que visam apurar irregularidades do poder executivo que serão pautas de plenárias. Não permitam a intenção declarada de favorecer o gestor executivo deste município contra a vontade popular mesmo diante às alianças Estaduais e Federais. Pois a aliança PT e PMDB nesta realidade, não podem ser comparáveis a qualquer outra esfera e aqui também não faz jus às declarações de intenções e posicionamentos do partido.

Atenciosamente,

Membros do Movimento Apartidário Luto por Maricá

quarta-feira, 2 de março de 2011

A ACOMODAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

Posicionamento
Publicado em 5 05America/Sao_Paulo junho 05America/Sao_Paulo 2010 por barlaventoesotavento
Para que as coisas mudem é necessário que as pessoas queiram mudar e que essas mudanças sejam objetivas, o que vejo com muita freqüência é que ninguém quer estar envolvido ou comprometido com esta ou aquela causa, beira um pouco a hipocrisia mas é compreensível. Sempre noto que muitos querem ganhar na loteria, mas nem ao menos se dão ao trabalho de fazer um cartão de apostas e ainda assim fazem planos com o que fariam se ganhassem o premio, portanto, se queremos atitudes devemos nos posicionar sim e muito claramente, isso não quer dizer que seja certo ou errado, apenas que temos opiniões e metas diferentes.

Sou muito convicto de minhas idéias e não obrigo ninguém a segui-las, não devemos converter as pessoas pela submissão e sim pela empatia, causas comuns. Alguns estarão satisfeitos com a governabilidade atual outros não, aos que estão satisfeitos acho que devem fazer uma avaliação da situação na sua totalidade e ver se a sua satisfação atinge os demais, aos que estão insatisfeitos recomendo que procurem ver com objetividade onde estão as falhas e enumera-las para que possam ser publicadas e corrigidas.

Só a união popular em prol do bem estar comum poderá trazer mudanças benéficas para todos sem o favorecimento das minorias e degradação da administração pública.

Duarte Nuno Silva

terça-feira, 1 de março de 2011

LUTO POR MARICÁ BATE RECORDE DE ACESSOS


O blogsite LUTO POR MARICÁ bateu novo recorde de acessos em 2011. No último mês foram 409 acessos (o melhor número desde a criação do quadro de estatísticas do Google). Queremos agradecer a confiança de nossos leitores, amigos e anunciantes.